Fábio Bentes fala sobre fim de dívidas do Remo na Justiça, CT e revela orçamento para 2023
Em entrevista ao Núcleo de Esportes de O Liberal, mandatário azulino deu detalhes sobre o planejamento financeiro do Leão.
A diretoria do Remo tem sido criticada por parte da torcida após a eliminação precoce do clube na Série C do Brasileirão. Apesar do objetivo esportivo em 2022 não ter sido alcançado, o planejamento financeiro azulino continua dentro dos trilhos. Pelo menos é o que afirma o presidente remista Fábio Bentes.
Em entrevista exclusiva ao Núcleo de Esportes de O Liberal, o mandatário do Leão Azul revelou quanto será o orçamento para 2023 e deu detalhes sobre o pagamento das dívidas trabalhistas do clube, que chegaram ao montante de R$ 16 milhões em 2015 e podem ser quitadas na próxima temporada.
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Fim da dívida com a Justiça do Trabalho
De acordo com Fábio, os débitos azulinos com a Justiça do Trabalho devem ser zerados até o final do primeiro semestre de 2023. Ele explica que o fim da dívida remista só foi possível devido a uma negociação feita pelo clube, que previa o bloqueio de cotas e patrocínios no início da temporada.
"O Remo vinha há anos pagando entre 4 e 5 milhões de dívida. Antes da nossa gestão, além desse valor, entrava muita dívida nova. Dessa forma, o clube "trocava dívida": pagava 4 a 5 milhões e formava o mesmo valor em débitos. Conseguimos fazer com que o clube não tivesse novas dívidas e negociamos vários orçamentos no início da temporada, como a cota da Copa do Brasil, a cota da Funtelpa e do Banpará", explicou.
Orçamento mantido para 2023
Segundo Bentes, mesmo com o pagamento desses valores à Justiça, o Remo tem orçamento anual de R$ 20 milhões. Esses valor, inclusive, tem sido mantido desde o ano passado, quando o clube disputou a Série B do Brasileirão. O presidente azulino explica que todo o planjamento anual do Leão Azul é baseado nesses números e qualquer valor extra - originado por premiação ou acesso de divisão - é realocado para outros investimentos.
"O orçamento para ano que vem deve ser o mesmo que 2022. Ano passado, mesmo na Série B, tinhamos um orçamento parecido. Se por um lado em 2021 tivemos cotas de TV, em 2022 tivemos a bilheteria, que deixou as contas equalizadas. Evidentemente que a projeção financeiras que fazemos não conta com o ovo dentro da galinha. Só contamos com valores que estão certos. Por isso, que quando ocorre uma conquista, conseguimos investir em outros setores, como foi o caso do CT, que adquirimos após a classificação para a terceira fase da Copa do Brasil em 2020", explicou.
Novo aporte para pagamento do CT
Sobre o centro de treinamento em Outeiro, Fábio disse que o Remo pretende fazer mais um grande aporte financeiro nos próximos meses. O objetivo é diminuir o valor das parcelas a serem pagas no restante de 2023, ano em que o financiamento da estrutura deve ser quitado.
"Além da receita de sócios remidos, que usamos ano passado, prevemos uma parcela maior agora originada de parte do pagamento dos naming rights do Baenão. Estamos em tratativas com o Governo do Pará sobre o assunto. Lembrando que tudo isso estava combinado em contrato, não houve atraso no pagamento. Esse aporte fará com que o valor a ser pago no ano que vem seja ainda menor", disse.
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