Triatleta se prepara para campeonato mundial na Alemanha
Uma conquista importante, alcançada em uma trajetória relativamente curta como triatleta
Após voltar para Marabá com uma importante conquista, a educadora física Maria Elitelma Cordeiro de Matos, de 57 anos, inicia agora a preparação para o campeonato mundial de triathlon em 2023, em Hamburgo, na Alemanha. No último dia 11 de setembro, ela foi medalha de ouro da sua categoria no Campeonato Brasileiro de Triathlon Sprint, disputado em Maceió (AL). Uma conquista importante, alcançada em uma trajetória relativamente curta como triatleta.
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“Eu vim da corrida. Em 2018, foi o último ano que eu fiquei como atleta amadora de corrida de rua e depois eu comecei o meu treinamento. Eu avalio que não tenho a melhor natação, não fico muito confortável ainda na água, mas tudo aquilo em que eu tenho dificuldade eu enfrento, eu encaro como um desafio. Aí eu resolvi tentar essa nova modalidade”, conta Elitelma.
A competição disputada em Maceió, foi de distâncias mais curtas, mas nem por isso é considerada menos desafiadora. Em todo o percurso, são 750 metros de natação no mar, 20 quilômetros de bicicleta e mais 5 quilômetros de corrida, onde a resistência é fundamental. “É difícil porque nas distâncias mais curtas é muito difícil você administrar o cansaço, precisa estar o tempo todo em uma constante explosão. As provas acabam sendo muito mais intensas”, analisa a campeã que completou o percurso com o tempo de 1 hora e 31 minutos.
O bom resultado conquistado no campeonato brasileiro foi a coroação de um trabalho constante. Elitelma atribui, entre outros fatores, ao trabalho de preparação física realizado no período que antecedeu a competição. “Por mais que eu não tenha a melhor técnica dentro d’água, trabalhar a parte física foi importante para que eu pudesse compensar isso pedalando e correndo”, afirma a triatleta. “A atleta que ficou em segundo lugar saiu da água com quatro minutos de vantagem sobre o meu tempo, uma natação excelente, que eu só consegui buscar esse tempo porque depois tinha o percurso de bicicleta. Quatro minutos em uma prova curta é um tempo muito considerável”, ressalta.
A medalha de ouro conquistada este mês teve um gostinho ainda mais especial. A estreia de Elitelma no triathlon foi em uma competição realizada justamente em Maceió e precisava ser passada a limpo. “Na segunda volta de bicicleta, eu levei uma queda horrível, cortei a boca, saí por alguns momentos da prova, achei até que não daria para voltar. Até porque tem um tempo de corte. Você tem um tempo limite para completar natação, ciclismo e corrida”, explica. “Eu não desisti, continuei, concluí, mas aquilo ficou muito marcado para mim. E, agora, depois de quatro anos, eu volto à mesma cidade e me consagro no mesmo lugar onde eu quase precisei sair da prova. Foi uma volta triunfal”.
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