Em um mês, paraense de 16 anos salta quase 60 posições no ranking nacional de tênis
Eduardo Lima, uma das promessas do tênis no estado, já acumula 45 troféus na ainda curta carreira e revela desejo de ver mais conterrâneos crescendo no esporte
O tênis paraense tem promessas reais para a modalidade no futuro. Um exemplo desses jovens talentos é Eduardo Lima, de apenas 16 anos, que já acumula cerca de 45 troféus e medalhas. As últimas premiações foram no Circuito Nacional Rota do Sol, que é organizado pela Confederação Brasileira de Tênis (CBT).
Eduardo foi um dos destaques do torneio, que iniciou na primeira semana de janeiro e terminou dia 1 de fevereiro. Ele conquistou três troféus de primeiro lugar nas três últimas etapas: Maceió e Salvador (Senhor do Bonfim e Farol da Barra). O paraense também foi três vezes campeão em dupla nas mesmas cidades. Além disso, ele chegou às semifinais e finais nas outras fases.
“Eu tive ótimos resultados, mais do que o esperado. Foi uma experiência bem cansativa, porque foi um mês viajando, seguido de outro torneio e uma pré-temporada no Rio de Janeiro. Foram dois meses fora, mas valeu muito a pena”, disse Eduardo Lima.
O Circuito Rota do Sol é um dos torneios juvenis mais tradicionais que abrem o calendário do tênis no Brasil. Ao todo, são sete etapas. Além das premiações, a competição conta pontos para o ranking da Confederação Brasileira de Tênis.
“Ele sempre jogou competições locais, algumas nacionais, mas o jeito como ele ficou a vontade na quadra, solto, jogando, brincando, mas com muita responsabilidade, avançando, querendo sempre o resultado positivo, surpreendeu não só a mim mais todos os treinadores do Brasil que estava lá com seus atletas”, declarou o pai de Eduardo, Afonso Lima.
O paraense começou ainda criança no esporte, com cerca de nove anos. O interesse pelo esporte surgiu depois que ele viu o pai começar a jogar. A partir daí, ele entrou em uma escolinha e começou a participar de torneios.
"Eu fui me interessando, me aprofundando, todos os dias eu pegava a minha raquete e batia bola no paredão, ficava fazendo isso horas e horas e cada vez mais fui ficando mais interessado, Fui participando dos torneios, consegui bons resultados, até decidir entrar no competitivo nacional”, relatou o tenista.
Quando começou a participar de torneios, os resultados iniciais não foram tão bons, contudo, isso não o desanimou. Como tem quadras de tênis no condomínio onde mora, ele passou a ter um ritmo melhor de treino e conseguiu render mais.
Eduardo decidiu que queria ser profissional aos 11 anos. Agora, o próximo passo é buscar os torneios internacionais, começando com as Sul-Americanas, em abril, e competições nos Estados Unidos, em julho deste ano.
Com os resultados da Rota do Sol, Eduardo subiu no ranking da CBT e saltou de 62° colocação para 5° lugar. Sobre isso, o tenista disse que ficou surpreso com o resultado e ressaltou que é bacana ser o representante do Pará na lista, mas gostaria de “ter mais paraenses junto com ele”.
(Aila Beatriz Inete, estagiária, sob supervisão de Pedro Cruz, coordenador do Núcleo de Esportes)
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