Saiba o que pensam os patrocinadores do Corinthians sobre a contratação de Cuca
Desde que chegou ao clube, o treinador tem sido alvo de vários protestos, entre entidades sociais, torcedores e empresas
Os patrocinadores do time masculino do Corinthians estão enfrentando ameaças de boicote por parte dos torcedores do clube, após a contratação do treinador Cuca para substituir Fernando Lázaro, na semana passada. Cuca foi condenado pela Justiça Suíça por estupro em um caso ocorrido em 1987, na cidade de Berna, na Suiça. Embora dois dos nove patrocinadores tenham se posicionado, incluindo o Banco BMG e a Ale, a maioria preferiu não se manifestar, adotando o silêncio como resposta às manifestações dos torcedores.
A Nike, Neo Química, Pixbet, Cartão de Todos, Spani Atacadista, UniCesumar e Lukma permaneceram em silêncio sobre o caso Cuca. Em contrapartida, o Banco BMG se manifestou em suas redes sociais, demonstrando apoio à luta feminina, embora não tenha indicado que pretende romper seu acordo comercial com o clube.
A Ale, distribuidora de combustíveis, informou que mantém um rigoroso programa de compliance e é comprometida em operar segundo fortes princípios éticos. Também afirmou que não compactua com qualquer tipo de violência e que preza por colaboradores, clientes, fornecedores e parceiros que sigam esses mesmos princípios. No entanto, assim como o BMG, a Ale não indicou a possibilidade de romper seu contrato com o Corinthians.
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Protestos
Nos últimos dias, ocorreram protestos presenciais e nas redes sociais de diversos grupos de torcedores do Corinthians contra a permanência de Cuca no clube. Alguns desses grupos ameaçam boicotar as empresas que patrocinam o time caso o contrato do treinador não seja rescindido. O Movimento ‘Toda Poderosa Corinthiana’, por exemplo, propôs um boicote à Nike. O time feminino do Corinthians também se manifestou sobre o caso, levantando a bandeira "Respeita as minas" contra qualquer desrespeito às mulheres.
A diretoria do clube se mostra confiante na inocência de Cuca e destacou que ele foi julgado à revelia, sem comparecer ao julgamento, e que o caso já prescreveu. Entretanto, a contratação do treinador gera questionamentos sobre a postura ética do clube. Com uma fatia importante de suas receitas oriundas dos patrocínios, o Corinthians corre o risco de sofrer danos à sua imagem caso a situação se agrave.
Imagem do clube
Para Renê Salviano, CEO da Heatmap, empresa especializada em marketing esportivo, que trabalha na captação de contratos envolvendo marcas com clubes e atletas, um caso de natureza agressiva pode afetar a imagem do Corinthians. “Vejo que existe, sim, um dano momentâneo à imagem do clube, e por isso é tão importante que a instituição sempre se posicione sobre atitudes de gestão que são tomadas, ainda mais quando tocam em assuntos que a sociedade em geral tem lutado para combater há tantos anos”, explica.
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