Cuca, do Corinthians, afirma que 'não vai tolerar ofensas' e mantém foco em jogo contra o Remo
Técnico Cuca emite nota em que alega que não irá se pronunciar sobre caso ocorrido em 1987 contra adolescente de 13 anos, na Suíça
O técnico Cuca utilizou as redes sociais para emitir, na noite da terça-feira (25), uma nota em que afirma que só irá se pronunciar por meio de seus advogados sobre o caso envolvendo a condenação por estupro, sofrida em 1989, na Suíça. Em meio a isso, ele prepara o Timão para enfrentar o Remo, nesta quarta-feira (26), pela terceira fase da Copa do Brasil. A partida inicia às 21h30 na Neo Química Arena, em São Paulo. O clube paulista precisa reverter uma vantagem de dois gols do Leão, que venceu a ida, em Belém, por 2 a 0.
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Se em campo as coisas não vão bem, fora não está nada melhor. O novo treinador do Corinthians tenta controlar as críticas e o ambiente conturbado do clube desde que foi anunciado, na semana passada, logo após a queda de Fernando Lázaro.
A contratação de Cuca pela diretoria do Timão repercutiu muito mal em setores da torcida alvinegra em razão do histórico de agressão sexual do técnico, que foi condenado em 1989 pela Justiça da Suíça por ter abusado sexualmente de uma menina de 13 anos, crime que ocorreu em 1987, quando ele era jogador do Grêmio e o clube fazia uma excursão pela Europa.
Em entrevista ao Uol. o advogado suíço que defendeu a vítima garantiu que ela reconheceu Cuca como um dos agressores, versão oposta a dada recentemente pelo treinador assim que assumiu o Corinthians.
"A declaração de Alexi Stival [Cuca] é falsa. A garota o reconheceu como um dos estupradores. Ele foi condenado por relações sexuais com uma menor", afirmou Willi Egloff.
Além de Cuca, outros três jogadores gremistas fizeram parte do episódio: o goleiro Eduardo Hamester, o zagueiro Henrique Etges e o atacante Fernando Gaúcho. Destes, Cuca, Eduardo e Henrique foram condenados a 15 meses de prisão por atentado ao pudor com uso de violência. Fernando foi absolvido da acusação de estupro e condenado apenas por envolvimento no caso. Como o Brasil não extradita nacionais, nenhum deles cumpriu pena até hoje.
"Subiu uma menina para o quarto em que eu estava com mais três jogadores. Eram duas camas de casal. Essa foi minha participação. Sou totalmente inocente. Tenho uma lembrança muito vaga, porque faz muito tempo", declarou Cuca na semana passada, sem dar detalhes.
Confira a nota emitida por Cuca:
"O treinador Cuca esclarece que está totalmente concentrado e empenhando toda a sua energia para o jogo decisivo que o time enfrentará amanhã [hoje, quarta-feira] e, diante das notícias veiculadas nos últimos dias a seu respeito, comunica que a partir desta nota, ele se manifestará e será representado exclusivamente por meio de seus advogados que contam com representantes na Suíça.
Desta forma, refuta as acusações que lhe são atribuídas, que remontam há mais de trinta anos e que foram investigadas e apuradas na ocasião.
O treinador segue desempenhando seu trabalho com lisura e honradez há décadas e, por essa razão, não deverá tolerar afrontas e ofensas contra sua idoneidade, caráter e integridade."
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