Pai de Yago Pikachu cobra CBF após atentado sofrido por ônibus do Fortaleza: ‘Aquilo não é torcida’
Em entrevista à reportagem, Carlos Lisboa pede ações para que episódio não se repita em outros lugares do país. Segundo ele, Yago não teve ferimentos
A família de Yago Pikachu, jogador paraense do Fortaleza-CE, falou pela primeira vez após o atentado sofrido pelo ônibus do Leão do Pici, em Recife, na noite da última quarta-feira (22), após o empate em 1 a 1 com o Sport-PE, pela Copa do Nordeste. Apesar do atentado, Carlos Lisboa, pai de Yago, conversou por telefone com a equipe de O Liberal e disse que o filho não sofreu ferimentos graves.
"O Yago me disse que está bem e que não sofreu ferimentos. Foi apenas atingido por estilhaços dos vidros quebrados, mas nada com perigo. A gente fica muito sentido pelos outros atletas que ficaram gravemente feridos e até levaram pontos. É uma coisa que a gente nem acredita que pode acontecer no futebol. Isso não é torcida, mas sim vandalismo", afirmou a oliberal.com.
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Depois do empate contra o Sport-PE, na Arena Pernambuco, pela Copa do Nordeste, o ônibus que levava a delegação foi apedrejado. Pedras e uma bomba foram arremessadas na lateral do veículo, quebrando vidros e ferindo seis jogadores. No desembarque em Fortaleza, foi possível ver lateral-direito Dudu com braços e perna esquerda enfaixados. O goleiro João Ricardo estava com curativo na testa.
Indignação
Em conversa com o Núcleo de Esportes de O Liberal, Carlos Lisboa disse que ficou sabendo do ocorrido apenas pela manhã. Ele diz que assistiu ao jogo contra o Sport-PE pela TV na última quarta e que nunca imaginou que a partida terminaria com tanta violência.
"Eu estava vendo o jogo na TV ontem à noite e, quando terminou, logo em seguida troquei de canal. Pra minha surpresa, hoje de manhã, olhando as redes sociais, eu soube que o ônibus do Fortaleza foi apedrejado. Isso pega qualquer um de surpresa. Qualquer um teria um susto muto grande depois de uma notícia dessa. Acaba um jogo, que terminou empatado e um time sofre um atentado desse? Não vejo motivo pra que esses 'torcedores' do Sport tenham feito isso", analisou.
Além disso, o pai de Pikachu cobrou das autoridades uma solução eficaz do caso. Para ele, os órgãos de segurança pública, assim como a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), devem agir para que episódios parecidos não se repitam no país.
"Ficamos muito tristes com tudo isso. Espero que a CBF possa tomar providências contra o ocorrido. Sabemos que os clubes não têm nada a ver com aquelas cenas. São vândalos que prejudicam a imagem dos times. Torcemos pra que os atletas se recuperem o mais rápido possível, os culpados possam ser encontrados e que o Fortaleza possa reestabelecer os jogadores psicologicamente" finalizou.
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