Copa do Mundo 2022: FIFA é alvo de críticas por protocolo aplicado em goleiro do Irã
Alireza Beiranvand fraturou o nariz, tem suspeita de concussão cerebral e pode ficar fora da Copa
Na partida com mais gols até aqui nesta Copa do Mundo do Catar, o Irã foi derrotado por 6 a 2 para a Inglaterra, nesta segunda-feira (21). Mas o lance que mais chamou a atenção foi o choque de cabeça entre o goleiro Alireza Beiranvand e o zagueiro Majid Hosseini, ambos iranianos.
Na colisão, Alireza levou a pior: fraturou o nariz e pode ter sofrido uma concussão cerebral (segundo a FIFA), o que pode deixá-lo de fora do restante da Copa do Mundo. No entanto, mesmo diante da gravidade da situação, o goleiro - que foi atendido durante sete minutos no gramado - teve permissão para voltar a campo e pouco depois foi ao chão novamente. Só então ele foi substituído e levado a um hospital da região.
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O caso foi alvo de críticas de torcedores e da imprensa, principalmente após a importância que os casos de concussão tem ganhado em todos os esportes, com o avanço dos estudos sobre o tema. "A concussão é diagnosticada quando os sintomas - como confusão, desorientação, amnésia, tontura, dor de cabeça e outros - acompanham um golpe na cabeça. A maioria das pessoas se recupera totalmente de uma concussão em dias ou semanas, embora algumas possam apresentar sintomas persistentes. Estes podem incluir problemas com a função cognitiva, como pensar e lembrar", explicou o professor Fabiano de Abreu Agrela, especialista em neurociência.
Um estudo recente publicado na revista científica Radiology apontou que o excesso de cabeceamento (de 885 a 1550 vezes em um ano ano) pode levar a alterações no cérebro. Os efeitos, inclusive, seriam semelhantes aos que acontecem em casos de concussão - ainda que os atletas que apresentam estes problemas nunca tenham sofrido uma concussão real.
Por causa da ameaça que apresentada pelas concussões, o procedimento realizado no goleiro Alireza foi questionado, especialmente pelo risco ao iraniano, caso tivesse ficado mais tempo em campo. Até o momento, a FIFA não se pronunciou especificamente sobre a execução do protocolo aplicado no atleta.
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