Well propõe conselhos populares e novos concursos públicos em Belém
Candidata do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), se eleita, quer taxar empresários e priorizar classe trabalhadora
Candidata à prefeitura de Belém, Well Macedo, do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), defendeu suas propostas de gestão para a cidade em entrevista ao Jornal Liberal 1ª edição, nesta quarta-feira (25/9). Na conversa, ela propõe a criação de conselhos populares que deem voz à população de maneira direta na decisão sobre problemas da cidade. Outras propostas com destaque são para o setor de transporte e empregos, onde promete convocações e novos concursos públicos.
“Queremos e defendemos que a prefeitura precisa ser administrada por quem produz as riquezas, os trabalhadores. Não é a Well que vai governar Belém sozinha, mas a Well junto com trabalhadores a partir de conselhos populares organizados nos bairros e nos distritos de Belém, porque é quem sofre na pele as necessidades que deve decidir sobre os problemas”.
Ela destaca que isso já é uma medida de sucesso em outros estados, como no interior do Ceará, que utiliza o método de assembleia para discutir problemas, orçamentos e soluções, a partir da perspectiva dos trabalhadores. Questionada sobre o papel da Câmara Municipal, que deveria desempenhar o mesmo papel dos conselhos, a candidata explica que o discurso não funciona na prática, por isso, defende a necessidade de ouvir também a população por essa via direta.
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Outras necessidades
No segmento de empregabilidade, sua principal proposta é a realização de novos concursos públicos e a convocação dos aprovados em provas anteriores. A medida viria na contra mão de um cenário descrito pela candidata, como um inchaço de cargos comissionados, os famosos Direção e Assessoramento Superior (DAS). Nesse sentido, Well pretende chamar os aprovados em concursos que ainda aguardam a convocação, movimento que, segundo ela, existe para que essas vagas sejam utilizadas como “cabide de empregos”. Para a candidata, a grande questão não é falta de pessoas, inclusive, havendo uma demanda grande de pessoas a espera da realização de concursos.
“Nós queremos resolver esse problema de terem concursados que estão esperando serem chamados para vagas que viraram cabides de emprego. Os DAS tomaram as vagas e muitas vezes essas pessoas não têm a especialização necessária”, explica.
Para melhorar a mobilidade urbana, a ideia é acabar com a isenção de impostos de empresários do setor. Os recursos obtidos nesse processo ajudariam a subsidiar a criação de uma empresa municipal de transporte. “Existem 25 empresas, incluindo empresários do transporte público em Belém, que são isentos de impostos. Essas empresas, administradas hoje pela Setransbel, não oferecem um transporte público gratuito de qualidade”, afirma.
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