Candidata Well Macedo propõe estatização para gerar emprego e melhorar serviços essenciais em Belém
Representante do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) nas eleições deste ano. A candidata também aponta taxação de empresas para ampliar captação de recursos
Em entrevista ao Grupo Liberal, nesta terça-feira (03/08), a candidata à prefeitura de Belém, pelo Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), Well Macedo, defendeu a estatização de diversos segmentos no seu plano de gestão municipal, caso seja eleita. Entre os segmentos destacados, a candidata menciona a criação de uma estatal para gerir obras públicas e o transporte público da cidade. Para subsidiar o seu projeto, pretende captar recursos através da taxação de empresas.
O principal objetivo do plano de obras públicas apresentado a partir da criação de uma empresa estatal de obras públicas em Belém é a geração de empregos e renda, como explica a candidata. "Dados do ano passado apontam que 60% da população encontra-se na informalidade em Belém, parte dessa população é a juventude pobre e periférica que não tem perspectiva de emprego, então, para nós discutirmos emprego e renda passa por esse projeto do plano de obras públicas”, afirma. Ela ainda destaca investimentos em educação, para dar oportunidade de escolha profissional à classe trabalhadora, para além do segmento da construção civil.
“Existe hoje uma demanda do mercado, pela lógica capitalista, que a juventude, por exemplo, precisa se especializar, e ter inclusive um ensino médio voltado para a questão técnica. Achamos importante capacitar… Mas precisamos investir em educação para que o jovem possa ter a escolha de qual profissão seguir sem ter a necessidade de escolher a que pague mais na lógica do capital”, acrescenta Well.
Nos projetos voltados à mobilidade urbana, a candidata projeta no seu plano de governo, a criação de uma empresa municipal de transporte, fazendo uso de uma frota própria de ônibus. Ela ainda propõe a aplicação de passe livre tanto para estudantes quanto para desempregados. Na saúde, o mesmo processo de estatização surge como medida, aconteceria quanto ao setor de saúde, com o município assumindo a gestão integral da oferta de serviços.
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“Belém não é uma cidade pobre, mas tem uma população pobre porque não tem políticas que atendam aos interesses da população”, defende Well sobre a captação de recursos no município. Ela explica que para subsidiar as suas propostas, além da captação normal de recursos, também apresenta como mecanismo a taxação de empresários, que, segundo ela, estão excessivamente isentos de impostos.
“Temos empresas na cidade que não pagam impostos. Queremos inverter essa lógica taxando os grandes empresários, porque esse dinheiro precisa ser revestido para os interesses da classe trabalhadora, do povo pobre, para que inclusive tenhamos condições de garantir emprego, renda e condições melhores para resolver outras demandas como saúde, educação e transporte público”, conclui
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