Venda de veículos cresce 11,7% no Pará em setembro
As categorias de automóveis, comerciais leves, motocicletas, ônibus e caminhões tiveram resultados positivos
O número de veículos vendidos em setembro cresceu 11,7% no Pará, na comparação com agosto, segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). No caso dos automóveis, houve o emplacamento de 2.195 unidades, contra as 2.106 do mês anterior, o que resulta em uma alta de 4,2%. Já os comerciais leves tiveram um reajuste menos intenso, de 0,9%, passando de 758 veículos vendidos em agosto para 765 em setembro.
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A pesquisa ainda mostra que 7.610 motocicletas foram vendidas no mês passado, ultrapassando o resultado de agosto, que teve 6.612 unidades emplacadas, e deixando a categoria com alta de 15% nas vendas. Quanto aos veículos maiores, o crescimento foi de, respectivamente, 14% e 43,3% para caminhões e ônibus. No primeiro caso, foram 207 unidades vendidas em agosto e 236 em setembro. Já o número de ônibus passou de 30 para 43 no mesmo período.
De acordo com o presidente da Fenabrave, os segmentos conseguiram bons resultados, especialmente a partir do segundo trimestre do ano, e é possível encerrar o ano com o número de emplacamentos próximo da estabilidade ou levemente positivo. Belém teve a maior participação em quase todas as categorias, com destaque para os ônibus (60,4% do total) e automóveis (40,7%), além dos comerciais leves (19,4%) e motocicletas (16,5%). Ananindeua ficou na frente na categoria de caminhões, representando 11,4% do total.
Na comparação com o ano passado, no entanto, o resultado foi bem diferente. Dos veículos citados, apenas a moto ficou em crescimento na comparação entre setembro de 2021 e setembro de 2022, com reajuste de 43,1% - no nono mês do ano passado, foram vendidas 5.318 motocicletas, mostra a Fenabrave. A maior queda ficou por conta dos ônibus (-21,8%), seguida dos comerciais leves (-18,8%), automóveis (10,7%) e caminhões (-7%). Respectivamente, em setembro de 2021, haviam sido emplacadas em cada categoria 55, 943, 2.458 e 254 unidades.
Entre janeiro e setembro deste ano, na comparação com o mesmo intervalo do ano passado, os resultados também não foram bons para o setor. Ficaram em queda as categorias de ônibus (-44,8%), passando de 553 para 305; comerciais leves (-22,8%), de 8.550 para 6.593; e de automóveis (-22,2%), passando de 22.602 para 17.566. Já a venda de motocicletas teve alta de 25,3%, já que, de janeiro a setembro de 2021, foram emplacadas 42.399 unidades e, nos nove primeiros meses de 2022, 53.137. Quanto aos caminhões, houve reajuste de 8,2%: 1.773 em 2021 e 1.920 em 2022.
Empresa tem bom retorno
Diretor de operação de uma concessionária de Belém, Wander Moreira diz que é possível notar o crescimento das vendas neste segundo semestre. "Por mais que o mercado do Pará e do Brasil esteja em queda em relação ao ano passado, ao mesmo tempo a gente vê que houve um crescimento bastante expressivo, o que trouxe bons resultados em setembro, melhor que agosto e acho que o melhor do ano", declara.
Na opinião do profissional, no segundo semestre o mercado vem crescendo em relação ao primeiro - nacionalmente, ele lembra que os seis primeiros meses do ano registraram queda de 15% em relação a 2021, enquanto, no segundo, está apenas 5% abaixo. Isso, de acordo com Wander, se reflete também nas operações do Pará.
Quanto aos preços, ele considera que estão "equilibrados", já que todas as marcas fizeram reajustes. "Hoje o carro popular custa R$ 70 mil. Todas as marcas do mercado nacional cresceram em conjunto", diz. Para atrair clientes mesmo com os valores mais altos, a empresa tem focado em diminuir as taxas de financiamento, com prazo de 36 meses. Na concessionária onde Wander trabalha, que vende duas marcas, o modelo mais buscado de uma custa, em média, R$ 84 mil, lançamento de dois anos atrás, e da outra cerca de R$ 68 mil, lançado em agosto deste ano e que tem sido um sucesso, segundo o diretor.
As expectativas do setor para o fim deste ano e para o ano que vem são positivas, e Wander espera que o último trimestre seja um período de forte procura por carros, como tem acontecido nos últimos anos. Ele diz que os consumidores ficam motivados pela chegada das férias e querem trocar de modelo. "Acho que esse último trimestre vai ser muito bom. Em relação ao ano que vem, depende de muitos fatores, não dá pra gente prever o que vai acontecer. Depende das eleições e quais serão os direcionamentos macroeconômicos que essa pessoa vai dar. Mas acho que agora, ano após ano, a gente vai conseguir entender o negócio e se adequar ao mercado".
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