Vaca louca: Não há motivos para manter suspensão de exportação, diz Sindicarne
Ontem (2) o Ministério da Agricultura e Pecuária informou que a análise confirmou que o caso isolado vaca louca no Pará é atípico
Após o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciar que o caso isolado de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), popularmente conhecido como "vaca louca", detectado no município de Marabá, no sudeste do Pará, é atípico; não há mais motivos para manter suspensão de exportação, diz Daniel Acatauassu, presidente do sindicato Sindicato da Carne e Derivados do Estado do Pará (Sindicarne).
“Agora, não temos mais motivos para manter os embargos. Sem dúvidas o setor não vai sentir o impacto das suspensões das compras dos países porque o resultado do exame já neutraliza todas as razões para as suspensões de exportação”, afirma Acatauassu. Ontem (2), a Rússia, Tailândia, Irã e Jordânia suspenderam importação de carne do Brasil, totalizando cinco países com a China.
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Para o diretor da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), Guilherme Minssen, o Governo Federal deve ser ágil em voltar a relação comercial com a China, como principal prioridade.
“Nós precisamos correr com a China, que é o nosso principal cliente. Então, nós recuperando o mercado da China, os outros países também devem retomar a exportação. Mas estamos tranquilos pela qualidade da carne que a gente produz e principalmente pelos preços serem mais vantajosos”, explica Minssen.
Guilherme acredita que antes de retomar os negócios com o Brasil, os países devem tentar barganhar para conseguir preços mais baixos. Entretanto, a competitividade do País e principalmente do Pará, deve ser um impasse para negociação.
“A primeira coisa que fazem é a suspensão e depois o reinício da negociação, onde tentam comprar carne em outros valores. Ocorre que a concorrência está muito difícil com o Brasil, pois a carne brasileira é a carne mais barata, e no Brasil, essa carne mais barata está no Pará. Então, isso abre muitas portas de mercado”, pontua o diretor da Faepa.
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Ainda ontem, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, comunicou que iniciou a inserção das referidas informações no sistema para a comunicação oficial à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e às autoridades chinesas sobre o resultado do exame. Assim que concluído o processo, "será marcada uma reunião virtual com o governo chinês para tratar do desembargo da exportação da carne bovina ao país".
“Por se tratar de caso atípico, ou seja, ocorrido por causas naturais em um único animal de nove anos e com todas as providências sanitárias adotadas prontamente, o Ministério da Agricultura e Pecuária está adotando imediatamente as providências, de acordo com os protocolos sanitários, para que as exportações da carne bovina brasileira sejam restabelecidas o mais breve possível”, informa o comunicado do Mapa.
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