Shein começa produção em fábricas no Brasil; entenda

Empresa de comércio online começa a produzir peças em fábricas brasileiras para reduzir custo de logística

Hannah Franco

A Shein, varejista asiática, começou a avançar seus planos de nacionalizar a produção no Brasil para reduzir custos e expandir o mercado. Poucos meses após anunciar a intenção, a rede de fast fashion já conta com 151 fábricas brasileiras produzindo. 

A empresa chegou no Brasil em 2020 e já tem o país como um dos cinco maiores mercados do mundo, atingindo R$ 8 bilhões em vendas aqui só no ano passado, segundo analistas de bancos. Com a fabricação local, a expectativa é que a indústria de moda no país seja fortalecida.

A empresa pretende investir R$ 750 milhões na modernização das fábricas parceiras para continuar garantindo a agilidade, que já é característica da Shein, aqui no Brasil.

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Geração de empregos

Após polêmicas sobre evasão fiscal em sites de e-commerce, a Shein teria investido R$ 750 milhões no setor têxtil brasileiro em abril deste ano. Estima-se que a iniciativa possa gerar até 100 mil empregos durante a expansão da produção no país.

Claure explica que é mais barato produzir no Brasil do que importar de fábricas chinesas, por conta de custos logísticos. Por isso, para as peças confeccionadas no país, a marca pretende manter o preço atual ou até reduzir. Além da manufatura, a Shein avalia contratar designers para desenhar peças localmente e, em breve, lançar uma coleção assinada por estilistas nacionais.

Concorrência

Outro ponto levantado recentemente foi a concorrência desleal e pirataria, acusações feitas por empresários brasileiros contra o comércio eletrônico. "As pessoas acham que a nossa competitividade está ligada a vantagens fiscais. Mas ela está no nosso modelo de negócios", defendeu Claure. Vale ressaltar que, recentemente, o banco BTG Pactual divulgou um relatório informando que varejistas como C&A, Riachuelo e Renner já estão vendendo peças até 400% acima dos valores da Shein.

"Agora, nossa competitividade não é apenas uma questão de preço. É preço e seleção de produtos, é a habilidade de entender o que o consumidor brasileiro quer. Ter zero estoque permite que nosso custo seja bem menor. É uma lógica totalmente diferente do varejo tradicional", explicou o presidente sobre a forma de negócio da Shein. que utiliza inteligência artificial e produção on demand, só produzindo o que o consumidor quer, possibilitando assim oferecer preços competitivos no mercado.

(*Estagiária Hannah Franco, sob supervisão de Tainá Cavalcante, editora web de OLiberal.com)

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