Setor industrial paraense reitera importância da exploração de petróleo na Margem Equatorial

Tema voltou à pauta econômica após presidente Lula se manifestar favorável à atividade

O Liberal
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Treze meses após o Ibama indeferir, (17/05/2023), a licença solicitada pela Petrobras para atividades de perfuração marítima no bloco FZA-M-59, na bacia da Foz do Amazonas, a chamada Margem Equatorial, o assunto ganha repercussão diante das declarações do presidente Lula que, na quarta-feira (12), defendeu a exploração de óleo e gás na região como uma oportunidade de crescimento para o País. 

No Pará, a Federação das Indústrias do Estado (Fiepa) compartilha do entendimento do presidente Lula e destaca que "os debates devem ser feitos a partir de uma perspectiva técnica, sem interferência de narrativas tendenciosas que defendem interesses dos que desejam imobilizar o desenvolvimento da Amazônia", como declarou o presidente da entidade, Alex Carvalho.

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O presidente Lula se manifestou favorável à atividade durante o Fórum de Investimentos Prioridade 2024, ocorrido no Rio de Janeiro, na última quarta-feira (12/06). Lula defendeu o respeito à legislação ambiental e afirmou, na ocasião, que a exploração da chamada Margem Equatorial vai impulsionar o desenvolvimento brasileiro, por isso, o país não pode perder essa oportunidade.

“Com esse novo Pré-sal, o Pará teria muito a ganhar”, enfatiza o titular da Fiepa. Alex Carvalho cita os ganhos paraenses, a exemplo do aumento na arrecadação de tributos e royalties provenientes da atividade.

Infraestrutura e logística

"Com o crescimento das atividades portuárias e marítimas, teríamos incrementos em infraestrutura e logística, o que contribui para atrair novos negócios e movimentar a economia em diversos setores. Isso tudo representa emprego, renda e desenvolvimento socioeconômico para quem vive aqui na região", destaca o presidente da Fiepa.

Sobre o compromisso com o respeito ao meio ambiente, Carvalho reforça a necessidade das boas práticas legais. “Nós não apoiamos a ilegalidade porque essa é uma prática completamente nociva para a competitividade das nossas indústrias e resultam em grandes impactos ambientais e sociais. Neste caso, quando falamos da atividade petrolífera, acreditamos que a Petrobras seguirá os preceitos legais e ambientais, levando em consideração sua expertise técnico-científica reconhecida internacionalmente na exploração em águas profundas e ultraprofundas”, afirma.

Segundo Carvalho, os recursos provenientes das atividades petrolíferas deverão ser investidos na diversificação da matriz energética e geração de energias renováveis, o que reduzirá a dependência de combustíveis fósseis, mitigando os impactos ambientais.

“Acreditamos que a indústria de óleo e gás funcionará como uma financiadora dessa transição energética no país e o Pará tem muito a contribuir com essa agenda nacional, uma vez que possuímos aqui um alto potencial para produção de energia hídrica e eólica offshore”, avaliou.

Empregos

Um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) sobre os impactos econômicos e sociais da produção de petróleo na Margem Equatorial brasileira, de março deste ano, aponta que o Pará tem potencial para criar cerca de 52 mil empregos e um acréscimo de 6,2% ao PIB, o equivale a R$ 10,7 bilhões.

Para a Fiepa, um projeto desse porte deve gerar reflexos positivos na educação, saúde, empregos, pesquisa e qualificação de mão de obra, “importantes para garantir um processo de desenvolvimento sustentável e inclusivo e para reverter déficits socioeconômicos que impõem ao povo amazônico uma vida com poucas perspectivas”, conclui Alex Carvalho.

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