Pará tem alta de 3,2% no setor de varejo em janeiro, acima da média nacional, aponta Stone
Dentre os segmentos analisados, o de tecidos, vestuário e calçados ocupou o primeiro lugar, com alta de 4,8%
O setor varejista do país teve uma alta de 2,8% nas vendas em janeiro, superando o período de baixa no mês de dezembro. O Pará ficou entre os destaques, com 2,2% de elevação, portanto, acima da média anual. No comparativo anual, o resultado brasileiro também foi positivo, com alta de 1,9%. Os dados fazem parte de um levantamento feito pela Stone que foi divulgado nesta terça-feira, 11. O estudo analisou o mercado conforme o Índice do Varejo Stone (IVS), que acompanha mensalmente a movimentação do varejo com o objetivo de mapear os dados de pequenos, médios e grandes varejistas e divulgar um retrato do setor nacional.
Segundo a análise mensal, o comércio físico vendeu mais que o digital, obtendo alta de 1,5%, enquanto o digital teve um recuo de 1,6%. No comparativo anual, os resultados se repetiram: com queda de 1,6% e alta de 1,5%, para o comércio digital e físico, respectivamente.
Muzaffar Douraid Said, diretor do Sindicato do Comércio Varejista e dos Lojistas de Belém (Sindilojas), afirma que os clientes preferem comprar presencialmente por causa da possibilidade de experimentar, ver e sentir o produto. “Apesar da rapidez e comodidade que o e-commerce oferece, existe uma especificidade nas lojas físicas que não podem ser superadas. O imediatismo de ver e ter o produto em mãos, ao vivo, o consumo imediato e a chance de experimentar. Experimentação do produto, sentir, tocar, sentir o aroma e a textura, a variedade de cores e tamanhos, todos esses atributos juntos pertencem às lojas físicas e fazem com que elas permaneçam vivas e nas preferências dos consumidores”, relata.
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Segmentos que tiveram as maiores altas
Dentre os oito segmentos analisados pelo levantamento, o de tecidos, vestuário e calçados foi o que teve a maior alta, com um aumento de 4,8% nas vendas durante o mês de janeiro. Cíntia Souza, proprietária de uma loja de roupas femininas no bairro de Nazaré, confirma o sucesso e informa que as promoções contribuíram para que as vendas aumentassem.
“Nossas vendas foram boas nesse mês, fizemos promoções de início de ano, o que nos rendeu um grande número de clientes. Geralmente, a procura aumenta nos finais de semana e em épocas de festas na cidade, como shows, circuitos etc.”, conta a lojista.
O segundo setor que teve o maior aumento foi o de artigos farmacêuticos, com 2,2%, enquanto o de outros artigos de uso pessoal e doméstico ocupou o terceiro lugar, com 2%. Os demais setores também tiveram alta, o de móveis e eletrodomésticos com 1,7%, hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com 1,5%, setor de livros, jornais, revistas e papelaria (1,4%), juntamente com o de combustíveis e lubrificantes e material de construção, com 1,1%.
Durante o ano, o segmento de combustíveis e lubrificantes foi o que teve o melhor desempenho, com alta acumulada de 9,3%, seguido pelo setor de artigos farmacêuticos (3,9%), e setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com alta anual de 2,3%.
Entre os resultados negativos, o segmento de móveis e eletrodomésticos teve queda de 6,2%, seguido do de outros artigos de uso pessoal e doméstico, que apresentou uma leve retração de 0,1%.
Altas por região
19 Estados brasileiros apresentaram alta nas vendas no comparativo anual. Roraima ocupou o primeiro lugar, com alta de 9,3%, seguido por Amazonas (6%) e Acre (4,6%). Além deles, o Alagoas (4,3%), o Ceará (4,1%), o Amapá (3,9%), e o Pará (3,2%) também tiveram altas, assim como Rio de Janeiro (2,9%), São Paulo (2,8%), Goiás e Minas Gerais (2,6%), Espírito Santo (2,2%), Tocantins e Maranhão (1,6%), Rondônia (1,5%), Pernambuco (1%), Rio Grande do Norte (0,9%), Bahia e Sergipe (0,8%).
Sete Estados tiveram resultados negativos, com a maior queda registrada no Piauí (-1,9%), seguido por Mato Grosso do Sul (-1,4%), Rio Grande do Sul (-1,1%), Santa Catarina (-0,8%), Mato Grosso (-0,7%), Paraíba (-0,3%) e Paraná (0,2%). O Distrito Federal se manteve estável, sem variação (0%).
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