Saiba quais os carros mais vendidos no Brasil nos anos em que a seleção venceu a Copa do Mundo
A indústria automobilística começou na mesma década da primeira conquista da Copa do Mundo
Muitos países têm títulos na Copa do Mundo, mas só o Brasil é penta. Fruto de uma trajetória que se iniciou em 1958. Coincidentemente, a nossa indústria começou na mesma década da primeira conquista da Copa do Mundo. Mais especificamente, um ano antes do primeiro título da seleção brasileira. As informações são do portal Auto Esporte.
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Partindo disso, listamos quais foram os carros mais vendidos em cada um dos anos em que o Brasil foi campeão. Veja:
Primeiro título: 1958 - Jeep Willys
A Copa do Mundo de 1958, disputada na Suécia, tem um sabor especial. Além de ter sido o primeiro título da seleção brasileira, o time contava com jovens que seriam a base de conquistas futuras. Para se ter uma ideia, Pelé tinha apenas 17 anos.
A indústria brasileira ainda engatinhava em 1958, tanto que o carro mais vendido era o Jeep Willys, como consequência de um contexto mais rural. Nos anos seguintes, a Willys-Overland do Brasil começou a apostar em carros mais urbanos, como o Aero Willys.
Bicampeonato: 1962 - Volkswagen Fusca
Com gols de Amarildo, Zito e Vavá, o Brasil venceu a Tchecoslováquia por 3 a 1 e foi campeão da Copa do Mundo de 1962, disputada no Chile. O país passava por uma evolução constante em seu aspecto urbano e carros populares já começavam a aparecer nas ruas das principais capitais.
O carro mais vendido naquele ano foi o Volkswagen Fusca. O modelo compacto já era montado no Brasil desde 1958, com 52% de nacionalização, mas foi apenas em 1962 que os primeiros chassis nacionais foram produzidos. O Fusca foi ganhando reconhecimento e o carinho dos brasileiros nas duas décadas seguintes.
Tricampeonato: 1970 - Volkswagen Fusca
O compacto da Volkswagen voltou a ser o carro mais vendido do Brasil em 1970, ano em que o melhor time da história da seleção brasileira venceu a Itália por 4 a 1 e garantiu o tricampeonato da Copa do Mundo disputada no México.
Neste ano, o Fusca já era um carro consagrado. A Volkswagen lançou a versão 1.500, com motor mais potente, capaz de desenvolver 52 cv. Ele recebeu o apelido carinhoso de “Fuscão”. Os anos seguintes foram bons para o Fusca, porém horríveis para a seleção brasileira, que ficou 24 anos sem levantar a taça da Copa do Mundo.
Tetracampeonato: 1994 - Volkswagen Gol
A final contra a Itália terminou 0 a 0. Nos pênaltis, Baggio isolou a bola e cravou um dos títulos mais emocionantes da história de todas as Copas. Não tem como não ficar arrepiado com a narração do brilhante Galvão Bueno, pulando ao lado do Rei Pelé, que usava uma gravata com as cores dos Estados Unidos. “É tetraaaa! É tetraa”.
Aquele ano também ficou marcado como o primeiro da geração “bolinha” do Volkswagen Gol. Com a abertura das importações em 1990, as marcas tradicionais tiveram que se mover para competir com as novas fabricantes, que lançaram carros mais modernos e sofisticados.
Ao contrário do que muitos pensam, o Gol “quadrado” não saiu de linha naquele ano. Ele foi produzido até 1996, com motor 1.0, para surfar nos incentivos do governo para carros com motores menores.
Pentacampeonato: 2002 - Volkswagen Gol
Poucos acreditavam na seleção brasileira de 2002. O time quase ficou de fora da Copa do Mundo, mas venceu a Venezuela por 3 a 0 na última partida das Eliminatórias.
O Gol continuava sendo o carro mais vendido do Brasil, na geração que ficou conhecida como “G3’. Este foi o primeiro Gol com uma plataforma totalmente nova produzido desde 1980, já que a geração “bolinha” ainda usava a mesma base do modelo anterior.
Nos anos seguintes, a Volkswagen lançou modelos mais requintados, como Fox e Polo, e o Gol acabou perdendo a importância. O hatch ainda era líder do mercado, mas ficou mais simples para cumprir o papel de carro de entrada.
O Gol G4, produzido entre 2005 e 2014, ficou marcado como um dos piores da história. A Volkswagen precisou empobrecer o seu hatch mais vendido, tanto na mecânica quanto no acabamento interno e no pacote de equipamentos. A geração G5 chegou em 2008, com a mesma plataforma do Polo, e foi produzida até 2022.
(Luciana Carvalho, estagiária da Redação sob supervisão de Keila Ferreira, Coordenadora do Núcleo de Política).
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