Queda de 1% no Consumo das Famílias sucede 13 trimestres de altas e reflete juros, mostra IBGE
A informação consta das Contas Nacionais apuradas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

A queda de 1% no Consumo das Famílias no quarto trimestre de 2024 ante o trimestre imediatamente anterior sucedeu 13 trimestres seguidos de altas no indicador. A informação consta das Contas Nacionais apuradas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
"O que chamou atenção realmente foi a queda no consumo das famílias", disse Rebeca Palis, coordenadora das Contas Nacionais do IBGE.
Segundo ela, esse recuo no consumo das famílias nos últimos três meses do ano foi afetado pela política monetária.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumentou a taxa básica de juros, a Selic, que já está em 13,25% ao ano.
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"Começou a subir em setembro, mas teve efeito no quatro trimestre", disse Palis, sobre o impacto da elevação a taxa básica de juros, a Selic, sobre o consumo das famílias. "E teve efeito também da aceleração da inflação, a inflação de alimentos Prejudica o consumo das famílias, já que você vai ter que gastar mais para comprar a mesma coisa", disse ela.
A especialista fez a ressalva de que esse consumo das famílias vinha de uma base de comparação alta, o que também influenciou o desempenho do quarto trimestre de 2024.
"Mas a gente continuou com o mercado de trabalho melhorando, com melhora de empregos e remuneração, mas no quarto trimestre a gente já vê esse crescimento (do mercado de trabalho) um pouco menor", disse a pesquisadora.
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