Quase metade dos nortistas está no vermelho

Levantamento da CNDL aponta que 5,97 milhões de consumidores estão negativados no Norte, o que corresponde a 49,3% da população

Thiago Vilarins, da Sucursal de Brasília
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Às vésperas das festas de fim de ano, o contingente de negativados segue elevado na Região Norte. A região fechou o último mês de novembro com 5,97 milhões de consumidores com contas em atraso e registrados em lista de devedores, o que representa 49,3% da população com 18 anos ou mais. Os dados são da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). O número reflete o quadro de dificuldade que ainda pesa sobre as famílias da região. Mesmo com a lenta recuperação econômica, o desemprego permanece elevado e a renda não superou os patamares de antes da crise, prejudicando a capacidade pagamento dos consumidores.

A proporção nortista de negativados é a maior entre todas as regiões do País, seguido pelos resultados do Centro-Oeste, com 44,0% dos habitantes (5,15 milhões) nesta situação; do Nordeste, com 41,0% da população (16,68 milhões); do Sudeste, com 40,5% (27,96 milhões); e do Sul, com 36,8% (8,33 milhões). Em todo o País, o número de consumidores registrados nos cadastros de proteção ao crédito alcançou a marca dos 62,9 milhões em novembro, o que corresponde a 41,7% da população brasileira adulta.

No mês passado, o número de devedores da região Norte avançou 0,70%, em relação a outubro. Na comparação anual, isto é, em relação a novembro de 2018, a alta foi de 5,80%. Esta é a maior variação na região desde abril de 2016, quando o indicador apresentou um crescimento de 7,1% na comparação anual. Em todo o País, o volume de consumidores com contas em atraso e registrados em listas de inadimplentes regrediu 0,3% no último mês de novembro na comparação com igual mês do ano passado. Trata-se do primeiro recuo desde setembro de 2017, quando a baixa observada fora de -0,9%. Na passagem do mês, o número ficou estável (0,0%).

A região Norte foi, justamente, a que mais contribuiu para a alta da inadimplência em novembro. No Centro-Oeste, a alta anual foi de 2,7%; seguido do Sudeste (0,9%). Registraram queda na quantidade de brasileiros inadimplentes: Nordeste (-3,1%) e Sul (-0,4%). De outubro para novembro, a maior variação foi novamente a da região Norte. Na sequencia surgem Centro-Oeste (0,6%), Sul (0,0%), Nordeste (-0,1%) e Sul (-0,1%).

Na avaliação do presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, a recuperação econômica do país, mesmo que tímida, tem contribuído para a queda da inadimplência. "Com a retomada do ambiente econômico acontecendo de forma lenta, houve uma demora considerável para observarmos a primeira queda no número de inadimplentes. Além do fator conjuntural, o dado coincide com acontecimentos extraordinários, como a liberação dos recursos do FGTS e a realização de diversos feirões de renegociação de dívidas, que impulsionaram a recuperação de crédito no mercado", afirma o Pellizzaro Junior.

Idade

A abertura por idade mostra que, em novembro, a inadimplência recuou em três faixas etárias: queda de -21,6% entre os jovens de 18 a 24 anos; queda de -11,0% entre que têm de 25 a 29 anos e retração de -3,2% considerando as pessoas de 30 a 39 anos. Já entre a faixa de 40 a 49 anos houve uma estabilidade (0,7%). Nas demais faixas houve alta, como o avanço de 1,6% entre 50 e 64 anos e o crescimento de 3,8% considerando os idosos de 65 anos ou mais.

População no cadastro de negativados em novembro:

Norte - 49,28% (5,97 milhões)
Nordeste - 40,98% (16,68 milhões)
Centro-Oeste - 44,05% (5,15 milhões)
Sudeste - 40,46% (27,96 milhões)
Sul - 36,85% (8,33 milhões)
Brasil - 41,67% (62,91 milhões )

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Economia
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