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Puxada por custos com educação e habitação, inflação de Belém fechou em 0,86% em fevereiro

Capital paraense ficou atrás de outras seis regiões pesquisadas pelo IBGE

Elisa Vaz
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A inflação de Belém subiu 0,86% em fevereiro, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, a capital paraense fica em sexto lugar na lista de maiores variações no mês passado, entre as regiões pesquisadas, atrás apenas de Curitiba (1,09%), Recife (0,99%), São Paulo (0,92%), Grande Vitória (0,92%) e Aracaju (0,88%). A média nacional ficou em 0,84%.

De acordo com o economista Valfredo de Farias, é comum que a inflação de Belém suba um pouco mais do que a de outras partes do país. “Sabemos que é uma cidade distante dos centros produtores. Então, geralmente, quando se aumenta o combustível e tudo que é impactado pelo frete, as coisas tendem a ficar mais caras para cá”, afirma. “Sempre, no início do ano, temos uma inflação mais forte, justamente por causa de reajustes de preços”, continua.

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Os setores que mais tiveram altas em Belém em fevereiro foram educação (6,31%), puxada pelo ensino fundamental (11,6%), pré-escola (9,54%), ensino médio (8,05%), curso de idioma (8,02%) e cursos regulares (7,89%); seguida de saúde e cuidados pessoais (1,92%); e habitação (1,41%), por causa dos custos com condomínio (5,28%) e energia elétrica (2,07%).

No caso da educação, as altas ocorrem por ser início do ano, quando, geralmente, há reajuste no preço do material escolar, das escolas e das universidades, segundo o economista. “Os colégios tendem a ficar mais caros e, ao longo do ano, mantêm seu nível de preço e é reajustado novamente no início do ano seguinte”.

Já quanto à habitação, Valfredo atribui o comportamento de alta à atualização dos preços dos condomínios feita anualmente, com base na inflação e já prevista em contrato. Mas, esse percentual não precisa ser atualizado no início de cada ano - depende de cada acordo. Os contratos reajustados em compras de imóveis que ainda estão na planta também contribuem para o aumento do custo de habitação, na opinião dele.

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“Habitação vai muito pela lei da oferta e da demanda, principalmente na questão dos aluguéis. Então, quando o mercado está aquecido, a tendência é que cobrem preços mais altos, e, aqui em Belém, está mais ou menos acontecendo isso”, detalha.

Quanto aos outros segmentos, a inflação de Belém em fevereiro ficou da seguinte forma: comunicação fechou em 0,59%; alimentação e bebidas subiu 0,51%; despesas pessoais teve alta de 0,35%; artigos de residência, de 0,17%; transportes ficaram quase estáveis, com 0,03%; e vestuário registrou a única queda, na casa de -0,38%.

Inflação de Belém em fevereiro

  • Geral: 0,86%
  • Educação: 6,31%
  • Saúde e cuidados pessoais: 1,92%
  • Habitação: 1,41%
  • Comunicação: 0,59%
  • Alimentação e bebidas: 0,51%
  • Despesas pessoais: 0,35%
  • Artigos de residência: 0,17%
  • Transportes: 0,03%
  • Vestuário: -0,38%

Inflação nas regiões em fevereiro:

  • Curitiba: 1,09%
  • Recife: 0,99%
  • São Paulo: 0,92%
  • Grande Vitória: 0,92%
  • Aracaju: 0,88%
  • Belém: 0,86%
  • Goiânia: 0,85%
  • Belo Horizonte: 0,81%
  • Salvador: 0,81%
  • Porto Alegre: 0,75%
  • Fortaleza: 0,73%
  • Rio de Janeiro: 0,65%
  • São Luís: 0,65%
  • Campo Grande: 0,54%
  • Brasília: 0,48%
  • Rio Branco: 0,44%

Fonte: IBGE

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