Procon quer saber como a 123milhas atenderá consumidores após aprovação da recuperação judicial
Órgão está focado em como auxiliar os mais de 5 mil consumidores que registraram suas reclamações em São Paulo
O Procon-SP anunciou na última sexta-feira, 1º de setembro, que solicitou à 123milhas informações detalhadas sobre como a empresa planeja lidar com a recuperação judicial e atender às preocupações dos consumidores que registraram reclamações em sua plataforma. Essa medida foi tomada após a aceitação do pedido de recuperação judicial da 123milhas pela Justiça de Minas Gerais, em decisão proferida pela juíza Cláudia Helena Batista, da 1ª Vara Empresarial de Belo Horizonte, no dia 31 de agosto. A empresa havia entrado com o pedido no início da semana anterior, alegando uma dívida acumulada de aproximadamente R$ 2,3 bilhões.
O Procon-SP solicitou que os esclarecimentos sejam prestados pessoalmente, visando acelerar possíveis soluções para os consumidores do estado de São Paulo.
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O órgão ressaltou a importância da decisão da juíza, que determinou que o plano de recuperação inclua medidas de reparação para os consumidores. Isso ocorre porque as operações de varejo são a principal fonte de receita da agência de viagens, e os consumidores foram os mais afetados pela suspensão de pacotes pelos quais já haviam pago.
Luiz Orsatti Filho, diretor-executivo interino do Procon-SP, destacou que, com a entrada da 123milhas em recuperação judicial, o órgão agora está focado em como auxiliar os mais de 5 mil consumidores que registraram suas reclamações e precisam de orientação adequada para resolver seus problemas.
Consumidores devem sempre formalizar reclamações nos órgãos oficiais
Ele enfatizou a importância de os consumidores sempre formalizarem suas reclamações nos órgãos oficiais e observou que o caso da 123milhas pode estabelecer novos precedentes, uma vez que a empresa tem uma grande base de clientes, amplificando o impacto de suas ações. Ele também mencionou que se trata de um grupo que adquiriu pacotes promocionais mais baratos, tornando-os potencialmente mais vulneráveis e dependentes do apoio dos órgãos de defesa do consumidor, como o Procon-SP.
Além de lidar com as reclamações registradas, o Procon-SP impôs uma multa de mais de R$ 2,5 milhões à 123milhas e compartilhou informações com o Ministério Público, fortalecendo sua atuação em defesa dos interesses dos consumidores.
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