Prévia da inflação registra queda nos preços na Grande Belém em julho

Preços recuaram 0,31% segundo o IBGE. Números nacionais acompanharam queda motivada pela redução no preço dos combustíveis

O Liberal
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O Pará registrou uma queda na média de preços apurada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado nesta terça-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A chamada prévia da inflação apontou que a região metropolitana de Belém teve diminuição de -0,31% em julho na média dos preços no mês de julho de 2022, após a alta de 0,18% em junho.

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Sendo assim, o mês de julho foi o único que registrou uma queda no período dos últimos dozes meses, ficando abaixo de meses como junho de 2022 (0,18%), dezembro de 2021 (0,32%), outubro de 2021 (0,51%) e maio de 2022 (0,54%).

Dentre as categorias que tiveram mais redução no preço neste mês de julho na região de Belém estão os transportes (-0,81), habitação (-0,68%), comunicação (-0,68%) e alimentação e bebidas (-0,50%).

Por outro lado, algumas categorias registraram altas. Foi o caso do grupo de produtos de saúde e cuidados pessoais (0,07%), artigos de residência (0,11%), educação (0,24%), despesas pessoais (0,64%) e vestuário (0,88%).

No acumulado do ano desde janeiro de 2022, a Região Metropolitana de Belém ficou em 5,08% de inflação prévia. Já a variação acumulada nos últimos 12 meses atingiu 9,10%, resultado 2,29% menor do que o número nacional.

"Tudo aumentou"

Matheus Brandão tem 21 anos e trabalha como vendedor na feira da Pedreira, em Belém. Ele conta que o movimento caiu bastante nos últimos meses por conta do aumento nos preços das mercadorias que ele vende, majoritariamente eletrônicas.

"O impacto da inflação é grande. Aumentou tudo. Tem coisas que é praticamente abusivo, especialmente no supermercado, em produtos como leite, óleo, carne. Gasolina até que deu uma caída, mas todo dia ando de moto e de carro. Está ruim. A diminuição deu uma ajuda. Não é que esteja bom, mas está melhor. Gostaria que fosse definitivo essa queda nos preços da gasolina", afirma. 

No Brasil, o IPCA-15 ficou em 0,13% em julho, após alta de 0,69% em junho. Em julho de 2021, o IPCA-15 teve variação de 0,72%, vindo de 0,02% no mesmo mês em 2020, início da pandemia.

No acumulado em 12 meses, a prévia da inflação já chegou em 11,39% até julho, um pouco abaixo dos 12,04% registrados em junho, mas ainda bem acima da meta de inflação projetada pelo Banco Central para 2022, que é de 3,5%, com tolerância de 1,5% para mais ou para menos. Isso significa que o limite da meta já foi estourado em mais que o dobro. 

Queda no preços dos combustíveis

A deflação nos combustíveis, segundo o IBGE, foi o principal fator que ajudou a segurar os preços no índice de inflação. Os preços tiveram queda de 4,88%, com destaque para os recuos de 5,01% da gasolina e de 8,16% no etanol.

Na contramão de ambos, o óleo diesel pontuou 7,32% de alta. No geral, a categoria transportes teve deflação de 1,08%, influenciando uma queda de -0,24% no índice geral. O preço da energia elétrica também teve retração, de 4,61%, na esteira do decreto do presidente Jair Bolsonaro (PL) que limita a cobrança de 17% para o Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS) para alguns produtos considerados essenciais.

A medida, porém, só dura até dezembro. Em Goiânia, por exemplo, o preço caiu 12,02%. O IPCA-15 é considerado uma prévia da inflação oficial do país, com medição que vai da metade do mês anterior até a metade do mês atual, enquanto o IPCA ocorre entre o primeiro e o último dia do mesmo mês fechado.

Na opinião de Rellry Lima, que é motorista de transportes por aplicativos há cinco anos, a queda é significativa para os trabalhadores da categoria, que sofreram com aumentos consecutivos no preço da gasolina.

Porém, ele anda desconfiado das verdadeiras intenções do Governo Federal com a medida, já que ela acaba em dezembro, logo após as eleições.

"Procuro trabalhar sempre nos sentidos opostos do trânsito devido aos horários que registram muitas demandas, por conta das idas para as faculdades, escolas, pessoas indo ao trabalho. Também cedo trabalho sem ar-condicionado. Deixo para o fim do dia. Acho que tudo está mais caro hoje em dia. E acho que a [medida] está sendo estratégia dos políticos que estão organizando candidatura ao próximo mandato", avalia. 

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