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Preço do café continua em alta na capital paraense, informa Dieese/PA

Somente esse ano, de acordo com o departamento, o produto já encareceu mais de 23%

Kamila Murakami
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Os belenenses continuam pagando caro no preço do café, é o que indica um levantamento divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Pará (Dieese/PA) nesta segunda-feira (19). Somente esse ano, de acordo com as pesquisas realizadas pela entidade nos supermercados de Belém, o produto já encareceu mais de 23%.

Conforme as informações levantadas pelo Dieese/PA, as análises indicam também que os reajustes acumulados no preço do café superam em mais que o dobro a inflação calculada para o mês de julho deste ano, para a corrida de 2024 e, ainda, para os próximos 12 meses. O departamento explicou que fatores como a menor oferta internacional e a desvalorização do real frente ao dólar foram desenvolvidos para a elevação das cotações do grão no mercado externo e interno.

Em julho de 2023, o item – que é um dos principais da mesa do paraense – foi comercializado em média a R$ 35,35. Já em julho deste ano, com uma nova alta, o valor do café passou a custar em média R$ 42,92. Com os reajustes, o valor pago no quilo do café ficou 4,28% mais caro no mês passado, em comparação a junho de 2024, quando o produto custou R$ 41,16. No balanço comparativo de preços do primeiro semestre deste ano, segundo o Dieese/PA, a alta no preço do café atingiu quase 23%. Em outro panorama, analisando os 12 meses anteriores, o aporte totalizou cerca de 21,41%. Em todos os cenários comparados, os reajustes superaram a inflação calculada para cada período.

A reportagem do Grupo Liberal foi às ruas para ouvir o que a população está achando dos valores. A aposentada Amarílis Muller, 71 anos, conta que a família costuma usar apenas uma marca de café em específico e que quando passou a consumir o valor do produto custava em torno de R$3,50, mas agora já chega a R$11. Segundo o relato dela, com a elevação nos preços tem sido difícil manter a preferência sem abrir a mão de um bom cafézinho. “Aumentou muito, mas infelizmente nós só usamos ele, então eu compro. Eu gosto muito de café, em casa então meus irmãos todas as máquinas de café”, comenta.

Já dona de casa Isabel de Oliveira, 41 anos, disse que teve que optar por comprar o café de marcas “inferiores” como estratégia para tentar reduzir os gastos com o produto. “Tá muito caro. Eu comprei na faixa de 5, 6 reais, agora tá 11, e daqui um pouco já tá 15. Então, cada vez a gente vai mudando de qualidade do café por causa do preço”, lamenta.

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À nível nacional, o valor do café nos supermercados da capital paraense registrou a quinta maior alta de preço do país, superando metrópoles como Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro. 

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