Cotado para a Petrobras, Prates afirma que governo não vai interferir no preço dos combustíveis

Indicado para a presidência da Petrobras, o senador disse que foi ‘mal interpretado’ sobre o assunto

O Liberal
fonte

O senador Jean Paul Prates (PT-RN), indicado pelo governo Lula para ser o próximo presidente da Petrobras, afirmou que não haverá intervenção nos preços dos combustíveis por parte do governo. Em sua avaliação, todo preço de combustíveis terá referência internacional e que o papel da estatal é de cumprir o que o mercado e o governo criam de contexto. As informações são da Agência Estado.

"A Petrobras reage a contextos", disse Prates a jornalistas, após participar da posse do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), como ministro do Desenvolvimento, Comércio, Indústria e Serviços. "Nós vamos criar a nossa política de preços para os nossos clientes, para as pessoas que compram da Petrobras. A gente não pode influenciar. Se eu dissesse que a Petrobras controla o preço a ponto de afetar totalmente o mercado nacional, eu estaria reconhecendo uma coisa que eu sou contra dizerem: que a Petrobras é monopólio de refino, que domina o mercado. Não é verdade. Mercado é aberto, importação está aberta. A Petrobras tem como concorrente todas as refinarias do mundo", explicou Prates, que destacou não estar falando como comandante da estatal, já que precisa ter o nome aprovado.

VEJA MAIS

image Órgãos investigam alta nos preços de combustíveis
Ministério da Justiça e Procon querem justificativas sobre aumento da gasolina

image Após alta de quase R$ 1 no combustível, Procon anuncia fiscalização nos postos de Belém
Intuito da operação é averiguar se houve reajuste nos preços dos combustíveis pelos estabelecimentos, mesmo depois da desoneração de impostos

image Gasolina está quase R$ 1 mais cara em Belém
Alta foi observada desde o dia 1º de janeiro, apesar de a Petrobrás não ter anunciado nenhum reajuste no preço dos combustíveis

image Postos de combustíveis de Belém são fiscalizados pelo Procon; dois são autuados por preços elevados
Durante ação, órgão averiguou se houve reajuste nos valores nas bombas e dois autos de infração foram aplicados em estabelecimentos que cobravam acima de R$ 5 por litro

Sobre a ideia de que sugeriu que haveria intervenção nos preços no governo Lula, o senador disse que foi “mal interpretado”. "Uma vez falei que quem faz política de preços é o governo, aí interpretaram que eu estava dizendo que iria intervir porque era do governo. Não. O governo pode simplesmente dizer: é livre, é liberado, é PPI, não é PPI. Mas é o governo quem cria o contexto, e o mercado também. Principalmente o mercado, se falta o produto, se sobra produto", disse.

Preço de referência pode ser regionalizado

O presidente indicado a Petrobras disse que pretende aprofundar a discussão sobre um preço de referência regionalizado para os combustíveis.

"É uma ideia minha que a gente vai discutir dentro do fórum adequado, que é o CNPE, o presidente da República, o ministro da Fazenda, o MME, a ANP, a EPE, são várias entidades. Se dependesse de mim, a gente levaria uma ideia em que a ANP [Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis] como órgão regulador desse uma referência de preço regionalizado", disse Prates sobre a ideia de preços de referência regionalizados, pontuando não ser uma política impositiva. "Referência, jamais impositiva", disse Prates.

"Todo preço vai ser vinculado internacionalmente de alguma forma. A diferença entre PPI, paridade de importação, e paridade internacional. Uma coisa é você ter o internacional como referência, outra coisa é se guiar por preço de refinaria estrangeira mais o frete para chegar aqui, totalmente diferente. Paridade de importação é o que para nós não faz muito sentido, em alguns casos, então isso vai ser trabalhado devidamente", disse Prates, reforçando que "mercado é mercado". "Mercado é preço de mercado", afirmou.

Preço levará em conta produto produzido no Brasil

"Quando a gente fala que vai ser preço de mercado, digo, vai, preço de mercado brasileiro. Mercado brasileiro é composto parte importado e parte nacional. A gente tem que ter um preço que reflita o fato de que a gente está produzindo no Brasil. É só isso", explicou Prates, para quem não há motivo para se "assustar" com isso.

"É importante se colocar isso. Não é ideia minha, todo preço da commodity, combustível, óleo e petróleo não é vinculado, é referência, é influenciado pela oscilação internacional", disse. "Vamos juntar várias coisas, ações da ANP, ações de ministério, e a prática do mercado acima de tudo. Ninguém está revogando o mercado e nem vai revogar o mercado. O mercado vai funcionar, agora vai funcionar exatamente como tem que ser. Mercado nacional e mercado de importados", concluiu.

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Economia
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

ÚLTIMAS EM ECONOMIA

MAIS LIDAS EM ECONOMIA