Petrobras diz que só fará estudo pedido pelo Ibama se encontrar petróleo na Foz do Amazonas
Órgão ambiental solicita que a estatal faça um estudo para avaliar os impactos a povos indígenas da perfuração da região
A Petrobras informou, nesta terça-feira (14), que só fará o estudo solicitado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) se encontrar petróleo na Bacia da Foz do Amazonas. O órgão ambiental pede que a petroleira faça um estudo sobre o impacto a povos indígenas de uma perfuração na região.
Segundo o diretor de Exploração e Produção da estatal, Joelson Falcão Mendes, a solicitação do órgão ambiental não é adequada no momento.“A Petrobras não vai fazer esses estudos nesse estado em que está o processo de licenciamento porque eles não são legais. Existe uma portaria que deixa claro em que fases desse tipo de consulta é adequada e ela não cabe nesse nível do processo que está. Caso façamos a perfuração e tenhamos uma descoberta, aí, sim, no processo de licenciamento da atividade de produção, caberia esse estudo”, declarou o executivo.
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A estatal manifestou interesse em procurar petróleo na região, que compreende a área chamada Margem Equatorial. O Ibama, por outro lado, negou a autorização para atividades exploratórias na Bacia da Foz do Amazonas em maio do ano passado. O bloco FZA-M-59, que teve a licença negada, tem potencial de ter 5,6 bilhões de barris de óleo, segundo estudos já feitos pela estatal. Trata-se de um possível incremento de 37% nas reservas de petróleo brasileiras, atualmente em 14,8 bilhões de barris. Embora esteja localizado na Bacia da Foz do Amazonas, o bloco não fica próximo da foz do rio Amazonas. A área onde seria perfurado o poço de petróleo se encontra a 500 km de distância da foz e a cerca de 170 km do rio Oiapoque, no Amapá.
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