Pará tem crescimento de quase 20% na contratação de jovens aprendizes em 2024 em relação a 2022

De 11.210 em dezembro de 2022, número subiu para 13.902 em março de 2024, segundo Ministério do Trabalho

Valéria Nascimento
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O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) informou que, em dezembro de 2022, o Pará tinha 11.210 jovens aprendizes. Em março de 2024, esse número subiu para 13.902. Um crescimento de quase 20% no período citado. De acordo com o ministério, o aumento de contratação de jovens aprendizes alcança uma marca histórica de 602 mil jovens aprendizes contratados em março, em todo o país. 

O Pará acompanha cenário nacional de aumento de contratações. É fácil encontrar jovens, entre 14 e 24 anos, em empresas de grande ou médio porte. Eles estão distribuídos em diversos setores, do industrial ao administrativo. Como é o caso de Anna Karolyny Silva, de 18 anos, que mora no bairro Atalaia, em Ananindeua, e lá mesmo, conseguiu uma oportunidade como jovem aprendiz.

“Eu estava pesquisando sobre vagas de emprego como jovem aprendiz, e acabei achando um site que disponibiliza um catálogo extenso de empresas que queriam contratar jovens, eu vi uma empresa que é relativamente perto de casa e enviei meu currículo. Rápido, eles me chamaram para a entrevista e consegui o emprego de primeira”, recorda orgulhosa Karol, como é mais conhecida entre os amigos.

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Faculdade e entretenimento

Karol trabalha em uma empresa distribuidora de peças de carro e moto. “Eu faço lançamento de notas, cobranças e criação de planilhas”, diz. Ela recebe R$ 706, como jovem aprendiz, exatamente a metade de um salário mínimo (R$ 1.412), e conta que usa o dinheiro do trabalho para complementar o pagamento da faculdade de produção cênica, onde cursa o primeiro semestre. “Também uso alguma sobra para sair, me divertir”, acrescentou ela sorrindo.

Quanto a oportunidade de já estar no mercado, Anna Karolyny dispara: “eu acho incrível, porque as empresas querem pessoas com experiência, mas é impossível uma pessoa ter experiência sem ter tido a oportunidade de aprender. E, hoje, nós conseguimos ver que tem empresas que querem essas pessoas inexperientes, para trabalhar elas do jeito que elas, as empresas, querem na cultura organizacional”.

Anna se alegrou ao saber que o número de aprendizes no mercado de trabalho atingiu uma marca histórica. “Sim, hoje eu consigo ver muitos da minha idade ingressando no mercado de trabalho, e na maioria das vezes os jovens terminam os dois anos de contrato e já conseguem se efetivar”.

Políticas públicas e parcerias

Secretário de Qualificação, Emprego e Renda, do Ministério do Trabalho, Magno Lavigne, destacou que além do empenho no fortalecimento das políticas públicas, o MTE tem promovido diálogos, desde o início do ano de 2023, com entidades qualificadoras, setores empresariais, fundações e com a juventude.

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Ele citou, como exemplo, a retomada das atividades do Fórum Nacional de Aprendizagem e a criação do Pacto da Juventude, que são espaços que reúnem esses atores, junto com o governo federal, para incentivar o ingresso de jovens em trabalhos de qualidade.

“Criamos um departamento dentro do ministério para focar em políticas de trabalho para a juventude. O presidente Lula e o ministro Luiz Marinho têm o compromisso com a juventude brasileira, de dar oportunidades de trabalho decente para os jovens, que são os que mais sofrem com o desemprego no país”, destaca Lavigne.

Outro fator que também influencia nesse bom resultado, segundo o secretário, é a melhora da economia brasileira, que faz aumentar o número de trabalhadores com carteira assinada e acaba impactando no crescimento do número de aprendizes. Com informações do Ministério do Trabalho e Emprego. 

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