CONTINUE EM OLIBERAL.COM
X

Preço da refeição completa aumenta 38% na região norte, aponta pesquisa

Com o aumento, a refeição fora de casa pode superar R$ 40, impactando tanto consumidores quanto proprietários de restaurantes.

Gabi Gutierrez
fonte

O custo com alimentação é um dos mais significativos para os brasileiros. Para os que passam o dia fora de casa, fazer refeições em lanchonetes e restaurantes tem pesado no bolso. De acordo com a pesquisa +Valor, realizada pela Ticket, o preço médio da refeição completa, no Brasil, aumentou 49,07% entre 2019 e 2024. Na região Norte, com o aumento, a refeição fora de casa pode superar R$ 40, impactando tanto consumidores quanto proprietários de restaurantes.

Segundo a pesquisa +Valor, que analisou mais de 4,5 mil restaurantes em todas as regiões do país, o preço médio da refeição completa — que inclui prato principal, bebida, sobremesa e cafezinho — passou de R$ 34,62 em 2019 para R$ 51,61 em 2024. No Norte, a refeição completa saltou de R$ 32,90 para R$ 45,41, um aumento de 38%. No Sudeste, o aumento foi ainda maior, com os preços subindo 55%, de R$ 35,13 para R$ 54,54. Já o menor reajuste foi registrado no Centro-Oeste, onde o preço subiu 30%, de R$ 34,87 para R$ 45,21. O Nordeste teve o segundo maior aumento, de 46%, com o valor da refeição subindo de R$ 33,57 para R$ 49,09.

Pesando no orçamento

Os consumidores paraenses têm sentido diretamente esse aumento. Ananda Mendonça, engenheira civil de 23 anos, conta que gasta cerca de R$ 100 por semana com alimentação fora de casa, sempre optando por locais que oferecem bom custo-benefício: “Eu procuro pelo barato, bem servido e que tenha uma qualidade boa.”

Ela revela que sem vale-alimentação, fica difícil manter um boa alimentação na rua. “Quando eu vou pra uma obra que já é inclusa a refeição, eu consigo economizar, mas em outras situações o custo pesa mais. Quando é assim eu gosto de me organizar pra fazer uma comida ou comer menos fora de casa, por que senão fizer isso acaba não compensando”, explica a engenheira.

Daniella da Silva Tavares, de 22 anos, que trabalha no comércio de Belém, também ajusta seu orçamento para manter a frequência das refeições fora de casa. Ela estima que seu gasto é em média de R$ 400 por mês com alimentação. “Prefiro comer por aqui mesmo, porque é mais conveniente, e a comida é sempre de boa qualidade”, conta a comerciante.

Proprietários fazem ‘malabarismo’ para não espantar os clientes

Para os proprietários de restaurantes, como Rosilene Feio, o desafio é ainda maior. Dona de um restaurante há sete anos, ela relata que tem sido difícil segurar os preços: “Pesou bastante. A gente tenta não repassar para os clientes, mas às vezes é inevitável”. No restaurante de Rosilene, o preço do prato-feito varia de R$ 18 a R$ 25, e, segundo ela, só no último ano o valor aumentou quase 50%, o que pode ter afastado alguns clientes. "A demanda diminuiu um pouco sim. Quando tava mais acessível, o preço era mais baixo, com certeza era uma procura muito maior’’, contou. 

Ela ainda diz que, para manter a frequesia, prioriza sempre a qualidade e porções generosas. “Aquele cliente que já vem todo dia entende o aumento e reconhece que mantemos sempre a qualidade. Isso é muito importante pra gente ter essa fidelidade com o cliente”, explicou a proprietária.

Rosilene busca alternativas para driblar os altos custos, como ofertas e promoções em fornecedores, tentando repassar o mínimo possível para os consumidores. “A gente corre para onde está mais barato, vê uma promoção e garante o que dá”, revela.

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Economia
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

ÚLTIMAS EM ECONOMIA

MAIS LIDAS EM ECONOMIA