Pará é o maior exportador de madeira tropical nativa do Brasil, apesar dos reveses, aponta a Aimex

Associação das Indústrias de Madeiras do Pará (Aimex) informa retomada do setor e crescimento de 5% em 2024

O Liberal
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Depois de anos difíceis para o setor, em 2020 e 2021, devido à pandemia, o segmento de exportação de madeira vive uma retomada, mas ainda não voltou aos índices pré-pandemia. A informação é de Deryck Martins, presidente da Associação das Indústrias Exportadoras de Madeira do Pará (Aimex), no biênio 2023 a 2025. Ele assegura que já no ano de 2022, após a fase crítica da pandemia, houve um importante aquecimento do setor, com destaque para compradores como os EUA e União Europeia, mas o segmento ainda oscila entre altos e baixos.

“Em 2023 houve queda nas exportações de madeira do Pará, em 39,39% em relação ao ano anterior, totalizando US$ 212.858.782 milhões”, afirmou Deryck Martins, ao Grupo Liberal, na última quinta-feira (16/01).

De acordo com o titular da Aimex, no ano de 2023, foram exportadas 242 mil toneladas de produtos madeireiros. “Em 2024, as exportações de madeira do Pará caíram, mas a madeira perfilada teve crescimento em quantidade e valor. Os Estados Unidos foram o principal destino da madeira perfilada do Pará, representando 53,81% do total exportado. O setor madeireiro brasileiro enfrentou uma redução de 27% no valor e 18,9% na quantidade exportada”, informou Martins.

Aimex aponta burocracia como um dos gargalos do setor madeireiro

Ele pondera que “os maiores desafios que explicam essas quedas se referem a questões internas, principalmente que afetam o custo de transação dos negócios, como a demora na emissão de autorizações e licenças de exportações, falhas e inoperâncias dos sistemas de controle florestal governamentais”.

"Destacamos ainda a greve dos servidores do Ibama em 2024 que afetou a exportação de madeira do Pará. A paralisação impediu a liberação das Autorizações e Licenças de Exportação, o que prejudicou o setor madeireiro”, frisou.

No final de 2024, de acordo com Derick, outro grande desafio imposto ao setor: a inclusão de duas espécies de alto valor comercial em lista restritiva de manejo e exportação. “O Ipê e o Cumaru. Até o presente momento não foram emitidas as autorizações de exportação de madeiras dessas espécies criando novos embaraços às empresas exportadoras”.

"O Pará se destacou como o maior produtor de madeira em tora do Brasil, conforme a Pesquisa Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS), divulgada em 2024, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com uma extração de 4,9 milhões de metros cúbicos, o Pará foi responsável por 44,2% da produção nacional, representando um crescimento de 5% em relação ao ano anterior. Apesar dos reveses, o Pará continua sendo o maior exportador de madeira tropical nativa do Brasil, seguido do Mato Grosso".

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