'O preço do pescado vai subir, queremos conter a alta', diz secretário de economia de Belém

Reunião desta quinta-feira com Dieese, Secon e Sedap discutiu avanços para a garantia de pescado na Semana Santa

Natália Mello

Com as altas generalizadas no preço do pescado em toda a Região Metropolitana de Belém (RMB), a Secretaria Municipal de Economia (Secon) confirmou mais um aumento no custo do produto para a Semana Santa. Em reunião realizada nesta quinta-feira (17), na sede da Secretaria de Estado de Aquicultura e Pesca (Sedap), em Belém, representantes dos dois órgãos, e também do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA), discutiram a garantia do pescado para o mês de abril, quando ocorre o feriado religioso.

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Entre as ações planejadas para garantir o abastecimento, está a publicação de decreto estadual e municipal, em Belém, restringindo a saída do produto do Pará. No ano passado, foi permitida a circulação do pescado para outras localidades do Estado apenas com o prévio cadastramento junto à Secon. O órgão emite a Guia de Transporte do Pescado (GTP) aos transportadores identificados com o requerimento oficial das prefeituras municipais, indicando a placa do veículo e a quantidade de pescado a ser transportado.

image Reunião discutiu a manutenção da oferda de pescado (Natália Mello / O Liberal)

“A procura é muito grande, então mais oferta pode garantir equilíbrio de preço. Então os decretos miram no abastecimento e no controle dos preços, já que os aumentos são quase generalizados”, disse o titular da Secon, Apolônio Brasileiro.

Estão sendo pensados outros três pontos de venda de peixe na RMB:

  • Aldeia Cabana;
  • Centro Cultural e Turístico Tancredo Neves (Centur);
  • Augusto Montenegro.

“Precisamos garantir a limpeza na Pedra do Peixe, no Ver-o-Peso, nas feiras; precisamos garantir a fiscalização da Adepará na chegada do peixe, da Vigilância para ver a condição desse pescado. Precisamos da integração desses órgãos”, completou Apolônio.

Participam do planejamento operacional a Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan), Superintendência de Mobilidade Urbana de Belém (Semob), Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) e Vigilância Sanitária.

Mesmo com produção alta de pescado, ainda há problemas de abastecimento

De acordo com Roberto Sena, supervisor técnico do Dieese, o Pará produz 300 mil toneladas de pescado ao ano, o equivalente a cerca de 100 toneladas por dia, e, mesmo assim, existem dificuldades de abastecimento no período da Semana Santa.

“O Decreto já está sendo analisado pelo governador e pelo prefeito [de Belém], a ideia é que dure duas semanas, do dia 1° ao dia 15 de abril, seguindo a determinação. Os Decretos têm funcionado, no sentido de garantir o abastecimento. Mas com o aumento dos combustíveis, fica difícil segurar o preço do pescado, porque impacta em supermercados e feiras. Então, infelizmente, a tendência é de alta”, ressalta.

image Pescado vendido nas feiras de Belém deve registrar alta (Sidney Oliveira / O Liberal)

O coordenador de Aquicultura da Sedap, Alan Pragana, reforça a realização da Feira do Pescado também como uma alternativa para o abastecimento, tanto em Belém, quanto em municípios do interior.

“Em parceria com os municípios, respeitamos a peculiaridade de cada município, de cada região. A reunião de hoje foi para tratar o caso da capital que tem uma população muito grande do Estado. Estamos trabalhando para que não haja desabastecimento, e nas feiras tentamos fazer um preço mais acessível à população”, finalizou.

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