Mulheres lideram a maioria dos micro e pequenos negócios no Pará
Especialistas acreditam que, cada vez mais, elas precisam ocupar esses espaços
Cada vez mais, no Brasil e no Pará, há um número crescente de mulheres liderando negócios. Levantamentos feitos pela Junta Comercial do Pará (Jucepa) e pelo Sebrae Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/PA) comprovam que a quantidade de empresas abertas em 2021 por mulheres, do tipo MEI (Microempreendedor Individual), foi de 35.797 (56,6% do total/Jucepa). E, do total de 132.807 empreendimentos individuais divulgados pelo Sebrae, 80.933 (61%) são liderados por mulheres. Ou seja, as mulheres são fundamentais para o cenário macroeconômico do Brasil e as possibilidades para este ano e o ano que novo que se aproxima.
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“Temos um Estado muito rico e abundante em recursos, pessoas e em número crescente de empreendedores, especialmente mulheres, que hoje têm um papel fundamental na economia. Então, precisamos, cada vez mais, promover essa ocupação de espaços e fazer com que empreendedoras e especialistas possam discutir a economia sob a perspectiva econômica e em benefício das mulheres”, acredita a advogada Denise Mendes.
A mesma visão tem a economista e ex-secretária do Tesouro Nacional e do Ministério da Fazenda, Ana Paula Vescovi, que vê de forma desafiadora o final do ano de 2022 e o início de 2023, mas, ao mesmo, com muitas possibilidades de crescimento, especialmente para as mulheres.
“Nesses próximos meses, vamos ter um cenário desafiador, com a acomodação dos choques da pandemia, do conflito entre Rússia e Ucrânia, e do aumento de juros globais. O Brasil entra nesse cenário bem posicionado, como exportador de commodities e detentor de uma matriz energética limpa e diversificada. E, ainda, por estar longe da região do conflito. Já a economia paraense tem uma base importante em commodities, especialmente minérios de ferro e agronegócios. E o universo feminino é fundamental em todas essas perspectivas, que vão da inovação e do desenvolvimento de negócios até a inclusão social e produtiva”, analisa.
Para ambas, é fundamental que empreendedores e empreendedoras paraenses conheçam os melhores cenários e os segmentos que vêm ganhando espaço, a fim de que se desenvolvam estratégias capazes de fortalecer de fato a economia local.
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