Em 12 meses, preço do ovo sobe mais que inflação e fica 15% mais caro em Belém

Segundo Dieese, apesar de se manter estável em novembro, o preço do produto ainda continua alto

Luciana Carvalho
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Com o crescimento do preço da carne bovina e da cesta básica, o ovo tornou-se uma opção de substituição na alimentação de muitos paraenses. Mas de acordo com pesquisas do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA), o preço do produto ainda continua caro e com reajustes acumulados que ultrapassam a inflação dos últimos 12 meses (Nov/2021-Nov/2022). 

A média de preços levantadas pelo Dieese/PA mostrou que o reajuste foi de 15,54% no acumulado dos últimos 12 meses. A inflação calculada para o período foi de 7%, de acordo com o departamento de pesquisa, que confirma uma sequência de altas expressivas e generalizadas no preço de diversos alimentos da cesta básica do paraense.

Ainda de acordo com a pesquisa do Dieese, nos últimos 12 meses, a trajetória dos preços dos ovos de galinha comercializados em dúzia nos supermercados de Belém, das marcas Gaasa e Top, foi a seguinte: Em novembro de 2021, a dúzia de ovos, da Marca Top, foi comercializada em média a R$ 10,23. Encerrou o ano passado (Dez/2021) e iniciou este ano (Jan/2022) sendo comercializado, em média, a R$ 10,22. No mês de outubro deste ano, o produto foi comercializado, em média, a R$ 11,82, mantendo esse mesmo preço médio no mês seguinte (Nov/2022).

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Dieese afirma que preços de produtos natalinos tiveram elevação acima da inflação do período

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Nos últimos 12 meses, o reajuste acumulado do produto foi de 4,29%

 

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Na comparação entre setembro e outubro, o custo médio passou de R$ 622,46 para R$ 615,22, aponta Dieese

Com isso, o preço do ovo apresentou estabilidade no mês passado (Nov/2022) em relação ao mês de Out/2022. Entretanto, no balanço comparativo de preços deste ano (Jan-Nov/2022), o valor está mais caro e acumula alta de 15,66% contra uma inflação estimada em torno de 5%. Nos últimos 12 meses, o reajuste acumulado foi de 15,54% contra uma inflação estimada em torno de 7% para o mesmo período.

Já a dúzia de ovos da marca Gaasa era comercializada, em novembro de 2021, a R$ 8,82. Encerrou o ano passado (Dez/2021) e iniciou este ano (Jan/2022), sendo comercializado, em média, a R$ 8,74. Em outubro e novembro estava sendo vendida, em média, a R$ 10,34. Com isso, os ovos da marca Gaasa também apresentaram estabilidade no mês passado em relação ao mês de outubro. Já no comparativo de preços deste ano (Jan-Out/2022), acumula alta de 18,31% contra uma inflação estimada em torno de 5%. Nos últimos 12 meses, o reajuste acumulado alcançou 17,23% com percentual superior a inflação estimada em torno de 7% para o mesmo período.

Jeso da Silva Cardoso, de 54 anos, trabalha há 36 anos como comerciante na feira da Pedreira. Ele conta que por conta da pandemia, uma caixa vendida pelo fornecedor com 12 cubas de ovos, com cerca de 360 ovos, subiu de R$98 para R$170 e que isso acaba refletindo no valor repassado para o consumidor. Uma cuba com 12 ovos branco do extra está custando R$ 18 e do vermelho R$24 na banca do feirante. “Os clientes reclamam do valor, mas eles ainda compram. Ainda continuamos vendendo a mesma quantidade que a gente vendia, pois, mesmo com preço mais alto, os supermercados ainda vendem mais caros que a gente”, diz o feirante.

(Luciana Carvalho, estagiária da Redação sob supervisão de Keila Ferreira, Coordenadora do Núcleo de Política).

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