Maior evento brasileiro do setor de óleo de palma será sediado em Belém na próxima semana

O encontro servirá para difundir conhecimentos sobre a cadeia produtiva e seus derivados, que abrangem setores como alimentos, cosméticos e energia

Elisa Vaz
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A capital paraense receberá, na próxima semana, o principal evento nacional do setor de óleo de palma, a Palmacon 2024, que reunirá especialistas e empresas do Brasil e do exterior para debater os avanços e desafios da cadeia produtiva. O encontro ocorrerá nos dias 23 e 24 deste mês, na quarta e quinta-feiras, no Hangar Centro de Convenções, organizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Óleo de Palma (Abrapalma). O Grupo Liberal esteve presente no café da manhã de lançamento da programação, nesta terça-feira (15), no Hotel Atrium Quinta de Pedras.

Sendo a primeira conferência sobre a palma de óleo no Brasil, a Palmacon 2024 terá como objetivo difundir conhecimentos sobre a cadeia produtiva do óleo de palma e seus derivados, que abrangem setores como alimentos, cosméticos e energia. O evento também visa fomentar a inovação tecnológica e promover a geração de negócios entre os principais players do mercado.

Sustentabilidade

O presidente da Abrapalma, Victor Almeida, destaca a sustentabilidade da cadeia da palma, que é um óleo vegetal que pode ser transformado em biodiesel ou biocombustível avançado, como o querosene de aviação, que é uma grande aposta não só do Brasil, mas do mundo, para descarbonizar a aviação mundial, de acordo com ele.

“Hoje, a única solução de descarbonização é o querosene de aviação, e os volumes são gigantes. O mundo consome hoje 400 milhões de toneladas de querosene. Se você colocar uma mistura de 10%, são 40 milhões de toneladas, que é quase metade da produção mundial de palma hoje. Então, tem uma demanda potencial gigante nos próximos anos e o Brasil é o único país com disponibilidade para fazer o plantio sem ter que desmatar”, destaca.

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Victor Almeida ressalta ainda que o setor já nasce no país de maneira sustentável. “O Brasil tem um zoneamento agroecológico feito pela Embrapa, que estabelece que só é possível plantar a palma em áreas de pastagens degradadas e desmatadas antes de 2008, conforme o Código Florestal. É um setor que já nasce de maneira ambientalmente sustentável”.

Além disso, o presidente diz que todas as empresas associadas do setor têm programas com agricultores familiares, prestando apoio técnico, jurídico e legal para eles conseguirem financiamento, fazerem o plantio e garantirem a compra do fruto por 25 anos. De acordo com ele, esta é uma forma de fomentar a agricultura familiar no interior do Estado.

Conhecimento

Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), Carlos Xavier, o evento, que deve reunir produtores, consumidores e especialistas, é de “extrema importância” para divulgar e ampliar conhecimentos relacionados à cadeia. Em todo o país, aproximadamente 220 mil hectares estão plantados, mais de 20 mil empregos são gerados e 2 mil agricultores familiares estão inseridos na cultura. O setor produz 570 mil toneladas de óleo e tem um faturamento de mais de R$ 5 bilhões.

“Foi decidido que o combustível da aviação vai ser da palma. E no Brasil só nós podemos fazer. O Mato Grosso não tem a prioridade nessa temperatura e também São Paulo não tem. Só nós temos isso aqui, exatamente as condições climáticas que permitem a produção de palma. Então, não podemos cruzar os braços, temos que fazer essa divulgação e ampliar as informações para fortalecer a produção”, comenta.

Os painéis vão discutir o potencial de crescimento da palma de óleo no país, as oportunidades e os investimentos no setor, além de falar sobre a importância da palma de óleo para a transição energética no mundo. Na conferência, são esperados mais de 15 painelistas e 30 empresas expositoras.

A programação inclui conferências com temas que abrangem desde a agricultura e industrialização do óleo de palma até a inovação tecnológica e a sustentabilidade. Um dos destaques será o debate sobre a importância da palma como combustível renovável, especialmente em meio às discussões globais de integração energética e às pautas da COP 30, que buscam soluções sustentáveis para o futuro.

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