‘Mês das Noivas’, maio ainda é um dos meses mais importantes para o setor de eventos
Profissionais do ramo revelam as novas preferências dos casais e a importância do planejamento antecipado na capital paraense.
Considerado o “mês das noivas”, há algum tempo maio deixou de ser a preferência para a realização de casamentos na Região Metropolitana de Belém. De acordo com profissionais do ramo, os meses de setembro e dezembro agora lideram a preferência dos belenenses para as celebrações. No entanto, apesar da migração, maio continua como uma das principais opções no primeiro semestre, junto com o mês de junho, quando é celebrado o Dia dos Namorados.
Vânia Monteiro, diretora comercial de uma das lojas de vestidos de noiva mais tradicionais da cidade, com 27 anos de mercado, aponta que o segundo semestre é, “sem dúvidas”, o período de maior eventos de casamentos nas cidades da Grande Belém, como Ananindeua. De acordo com a profissional, o pico de celebrações acontece entre os meses de setembro e dezembro, o que não quer dizer que maio tenha deixado de ser um mês importante para o segmento.
“A média de aumento da demanda de maio em relação aos meses anteriores do primeiro semestre gira em torno de 58%. No entanto, percebemos que há uma década estes dados vêm sofrendo alterações com migração também para os meses de junho em razão do mês alusivo aos namorados e o fato de noivos já poderem iniciar as férias (julho) com a viagem de lua de mel, o que é uma decisão extremamente benéfica para o casal”, diz.
É mais caro casar em maio?
Apesar da fama, “maio não é necessariamente o mês mais caro para a realização de eventos”. A observação é de Elizabeth Serruya, gerente de um buffet da cidade que atende vários tipos de eventos e celebrações. O valor, segundo ela, varia muito mais de acordo com a decoração e o número de convidados do que com o mês. “Agora em maio, por exemplo, estamos com 30 eventos agendados, entre casamentos, festas de 15 anos e jantar coorporativos”, informa Serruya.
Serruya informa que para um casamento simples, dependendo do número de convidados, o valor fica em torno de R$ 1 mil por convidado. “Um mediano, mas muito elegante, como todo o trabalho que fazemos, fica em média R$ 1,5 mil por convidado, entre buffet, decoração e locação. Já um luxuoso, que é muito mais caro pela sua proporção, como o próprio nome diz, é em média R$ 2 mil por pessoa, com toda uma infraestrutura e um exclusivo, feito inclusive em 3D”, detalha.
Vestido da noiva: tendências e valores
Quanto ao vestido da noiva, um dos itens mais tradicionais de um casamento, Vânia Monteiro aponta que brancos e off white ainda são os “queridinhos” das noivas. “Porém, isso não significa que a noiva não possa ousar em outros tons, afinal, cada casamento tem o seu estilo. Os modelos mais procurados são os princesas em versão contemporânea, embora os sereias e fluídos sejam indicações ideais para determinados tipos de personalidades e cenários escolhidos”, diz.
Já os valores dependem. Na loja na qual Vânia é diretora, os valores partem de R$ 2,5 mil. “Noivas que primam pela exclusividade procuram por nossa unidade que fornece confecção sob medida ou primeiro aluguel de uma grife internacional, com valores a partir de R$ 9,9 mil”, informa, acrescentando que o aluguel é o mais procurado pelas clientes pela flexibilidade valores e por não precisar acondicionar uma peça volumosa no guarda roupas.
A antecedência na escolha do vestido varia conforme o serviço desejado: "A antecedência segue alguns padrões, a depender do tipo de serviço que a noiva deseja para o seu grande dia. Se ela optar pelo aluguel, o ideal é procurar com seis meses de antecedência; se a opção for por confecção sob medida, o ideal é que procure entre 10 e 12 meses de antecedência. Essa é a recomendação da nossa estilista, Elenir Moreira, e de cerimonialistas”, diz Vânia.
Planejamento: quando começar?
Para além do vestido, é preciso organizar a festa em si. De acordo com as especialistas, quanto mais tempo, melhor, seja na festa, no buffet ou no vestido. Hanna Santiago, cerimonialista, recomenda que o ideal de tempo seja algo em torno de um ano e meio ou um ano antes. Desta forma, segundo ela, é possível organizar com calma, pagar todas as contas e, próximo da celebração, cerca de 30 dias antes, fazer com que ele esteja quitado, sem “dores de cabeça no pós-evento”.
A cerimonialista recomenda a contratação de um profissional da área para auxílio no planejamento. “Peça para que a cerimonialista passe um checklist com todos os possíveis fornecedores que ela pode contratar. Nessa planilha ela vai pedindo orçamentos, verificando quanto se vai gastar ou não. E o que ela for pagando, ela vai anotando, a partir do valor que se pretende gastar no casamento”, recomenda Hanna.
Já o custo total com o casamento varia de acordo com os tipos de serviços contratados e o bolso dos noivos. Hanna estima que o custo final varia entre R$ 100 mil e R$ 150 mil, podendo chegar até meio milhão. “Dá pra fazer com R$ 30 mil, por exemplo? Dá. Só que é preciso ter em mente que vai faltar muita coisa ou será algo bem simples. Tudo depende de como o cliente está planejando esse momento. Isso é muito pessoal”, diz.
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