Macapá é a capital com a gasolina mais barata no Brasil; entenda o motivo
Toda a gasolina consumida pelo Amapá vem de fora, o que eleva os gastos com logística. Ainda assim, o preço do produto é menor em comparação a outras capitais
A capital com a gasolina mais barata do Brasil fica no Norte: Macapá, capital do Amapá, estado vizinho ao Pará. Toda a gasolina consumida pelos amapaenses vem de fora, de locais como a refinaria Reman, em Manaus (AM). Isso eleva os gastos com logística na comparação com estados produtores. Ainda assim, o preço do produto é menor em comparação a outras cidades do País e o motivo envolve questões fiscais. As informações são do Portal UOL.
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Em Macapá, o preço mínimo do litro da gasolina é R$ 6,390, segundo a mais recente pesquisa semanal da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), relativa ao período entre 8 e 13 de abril. Levantamento da empresa de logística e gestão de frotas Ticket Log também coloca o Amapá entre os Estados com menor custo médio para o combustível fóssil, vendido a R$ 7,171 – atrás apenas do Rio Grande do Sul (R$ 7,024) e São Paulo (R$ 7,039).
Explicações
O Estado tem uma das menores alíquotas de ICMS para gasolina desde 2015, quando baixou o percentual de 29% para 25%, o mesmo cobrado em São Paulo e Santa Catarina. A menor alíquota é do Mato Grosso (23%) e a maior, do Rio de Janeiro (34%).
Além disso, desde 1993 está em vigor no Amapá a ALCMS (Área de Livre comércio de Macapá e Santana), que desonera o álcool anidro da cobrança de Cofins, PIS e CID, impostos federais, e também do ICMS. Os dois municípios são justamente a porta de entrada dos combustíveis comercializados no estado, que chegam via fluvial.
Por lei, a composição da gasolina comum vendida no País tem 27% de álcool anidro - item que, segundo o governo local, representa entre 40% e 43% do preço ao consumidor e deixa de existir para os produtores de gasolina.
"Os fornecedores para o Amapá estão relativamente próximos e o transporte é feito em balsas, tornando a logística mais barata. Na bomba, vale a concorrência", diz o governo do Amapá.
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