Indústria aponta necessidade de qualificar 286 mil profissionais para postos de trabalho no Pará

Segundo o Observatório Nacional da Indústria, devem abrir quase 50 mil vagas até 2027 no setor

Emilly Melo
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O setor industrial paraense fez um alerta para a necessidade de mão de obra no Estado. Nesta sexta-feira (18/10), o diretor regional do Senai Pará, Dário Lemos, reforçou a importância de qualificação dos profissionais e apontou uma demanda de 286 mil profissionais até 2027 para prosseguir com o desenvolvimento estadual.
 
Os dados foram obtidos por meio de um levantamento do Observatório Nacional da Indústria (ONI), da Confederação Nacional da Indústria (CNI), e apresentados durante uma coletiva de imprensa na sede do Senai, em Belém. 
 
De acordo com o Mapa do Trabalho Industrial, o Estado deve gerar 47 mil novas oportunidades. As projeções apontam que 239 mil trabalhadores vão precisar de treinamento e requalificação para atender às atuais demandas do mercado. 
 
Essas atualizações envolvem o desenvolvimento de competências que abrangem os setores estratégicos da economia, de tecnologia e sustentabilidade, chamadas de hard, soft e green skills. 
 
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Com uma taxa de formalidade de 37,71%, a indústria paraense demanda profissionais em várias frentes, com destaque para as áreas de logística e transporte, com 65 mil vagas; construção, com 48 mil; manutenção e reparação, com 28 mil; operação industrial, com 23 mil; e metalmecânica, com 20 mil oportunidades. 
 
"Não tem como você falar que não tem vaga ou oportunidade. Tem profissionais qualificados, mas muitos vão para o mercado informal ou para a iniciativa própria”, diz Dário Lemos.
 
Segundo Felipe de Freitas, gerente do observatório da indústria, a remuneração média no setor se mostra com crescimento linear no Pará. Com a realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, em Belém em 2025, e o crescimento da bioeconomia previsto para os próximos anos.
 
“Nós temos grandes empresas se instalando no Pará, muitas vezes não só aqui na Região Metropolitana, principalmente relacionadas à mineração, ao agronegócio, à indústria de beneficiamento. As obras infraestruturantes também estão aumentando nos últimos anos e a tendência é que a construção se constitua como um dos setores que mais vão trazer empregabilidade para a região”, avalia Felipe de Freitas.
 

Áreas com maior demanda por profissionais serão:

 
Logística e Transporte (65 mil): Com oportunidades para técnicos de controle da produção, motoristas de veículos de cargas, almoxarifes e armazenistas, entre outros;
 
Construção (48 mil): para atuar como profissionais na operação de máquinas de terraplanagem, ajudante de obras civis, trabalhadores de estruturas de alvenaria, fundações, entre outros; 
 
Manutenção e Reparação (28 mil): Para mecânicos de manutenção de veículos automotores, trabalhadores operacionais de conversação de vias permanentes (exceto trilhos), eletricistas de manutenção eletroeletrônica, e muito mais;
 
Operação Industrial (23 mil): Com vagas para alimentadores de linhas de produção, trabalhadores de embalagem e de etiquetagem, de cargas e descargas de mercadoria, gerentes de produção e operações em empresa da indústria extrativa, de transformação e de serviços de utilidade pública, entre outros;
 
Metalmecânica (20 mil): Com necessidade de trabalhadores de soldagem e corte de ligas metálicas, preparadores e operadores de máquinas-ferramenta convencionais, trabalhadores de caldeiraria e serralheria, entre outros. 
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