Hugo Barreto: ações da Vale na cultura paraense são ‘agente de desenvolvimento social’

Diretor-presidente do Instituto Cultural Vale fala sobre mercado de indústria criativa, apoio cultural e compromisso social

O Liberal
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Hugo Barreto, diretor-presidente do Instituto Cultural Vale e diretor de Clima, Natureza e Investimentos Culturais da Vale, fala sobre o trabalho da empresa voltado à cultura, com mais de duas décadas de atuação no setor e a recente criação do Instituto Cultural Vale. “Hoje um dos maiores investidores em Cultura do Brasil, com recursos próprios e por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura”, afirmou o executivo.

O que representa para a Vale patrocinar o MICBR em Belém do Pará, nesta primeira edição que ocorre na Amazônia, no Norte do Brasil?

Nós entendemos que a cultura é um vetor de desenvolvimento socioeconômico e um elemento indissociável do exercício da cidadania. A Vale atua em cultura há mais de duas décadas, e desde 2020, bem em meio à pandemia e à crise humanitária que vivíamos, fizemos esse movimento importante de criar o Instituto Cultural Vale - hoje um dos maiores investidores em Cultura do Brasil, com recursos próprios e por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Então, o apoio ao Mercado das Indústrias Criativas do Brasil (MICBR), uma iniciativa que reúne centenas de empresas e milhares de criadores e empreendedores dos setores culturais e criativos do Brasil e de outros países, se insere nessa nossa atuação no sentido de fortalecer a potência da cultura e da economia criativa.

Ações do Instituto Cultural Vale

A economia criativa emprega no Brasil, hoje, 7,4 milhões de pessoas e, de acordo com as estimativas, até 2030, mais um milhão de pessoas estarão empregadas em cultura no país. Ou seja, é um momento de grandes oportunidades e o MICBR busca ampliar a interação entre esses mercados, e especialmente a economia criativa da região amazônica.

E é muito significativo para nós que seja aqui em Belém, que será sede da Cop-30 e é palco de grandes eventos culturais que têm feito parte da nossa atuação no sentido de inserir cada vez mais o Pará na rota cultural brasileira.

Como se dá essa parceria entre o Instituto Cultural Vale e o Ministério da Cultura para recursos incentivados e ações voltadas para a região Norte?

A parceria com o Ministério da Cultura é construída por meio de muito diálogo, em consonância com nossa atuação na Cultura na região Norte, da Amazônia e do Pará. Um dos nossos principais movimentos, e que se une ao trabalho do Ministério da Cultura e de tantos agentes de cultura, é fortalecer a integração da produção cultural do eixo Norte-Nordeste com o Sul-Sudeste, promovendo a descentralização e a nacionalização da cultura.

Neste mês, por exemplo, participamos do lançamento do Programa Rouanet nas Favelas, em parceria com o Ministério da Cultura, que vai chegar a cinco estados, incluindo o Pará, para que os investimentos em cultura cheguem a territórios fora dos grandes eixos. 

Só neste ano, promovemos grandes itinerâncias para Belém e outras cidades do Norte e Nordeste, como a da companhia de dança Deborah Colker, que se apresentou e promoveu oficinas de dança; o balé da Dalal Achcar, que uniu bailarinos da sua companhia com dançarinos do Pará, numa apresentação exclusiva do balé “Floresta Amazônica”; da Nova Orquestra, que saiu do ocupou as ruas tocando Rita Lee; de grandes exposições nacionais, como “Brasil Futuro”, “Imagens que não se conformam”, “Tomie Ohtake Dançante” e “Brecheret Modernista” - que fica em cartaz até janeiro no Museu do Estado. E muitas outras iniciativas em anos anteriores, como a itinerância da Bienal de São Paulo.

O Instituto Cultural Vale tem atuação em todo o território nacional, mas no Pará, quais são os principais investimentos do Instituto? 

Nossas iniciativas no Pará se somam a um conjunto de ações que a Vale tem realizado aqui e na Amazônia como um todo, com o objetivo atuar como um importante agente de desenvolvimento social. Desde 2020, o Instituto Cultural Vale ampliou em mais de 205% o volume de investimentos no Pará, em projetos patrocinados, autorais e colaborativos. Hoje o Instituto patrocina 49 projetos realizados no Pará ou que farão itinerância aqui para o estado. Na Amazônia, são 98 projetos ao todo, como exposições, música, dança, revitalização do patrimônio histórico, festividades, que reforçam nosso compromisso com o território amazônico e com a identidade cultural da região.

São projetos que vão desde o Círio de Nazaré, patrocinado pela Vale há mais de 20 anos, até a Casa da Cultura de Canaã dos Carajás, um dos quatro espaços culturais mantidos pelo Instituto Cultural Vale no país, em que promovemos aulas de música, dança e teatro para quase 500 crianças. Ou a Bienal das Amazônias, uma beleza que reuniu mais de 120 artistas da Pan-Amazônia e termina neste domingo como um dos grandes sucessos da temporada cultural de Belém. Aproveito para reforçar o convite a quem ainda não visitou!

Um grande destaque também é o Vale Música Belém, que há 19 anos promove formação musical a 300 crianças e jovens, com parcerias com grandes orquestras. E outros projetos incríveis, como o MAUB – Museu de Arte Urbana de Belém; a restauração da Igreja de Nossa Senhora das Mercês e do Convento dos Mercedários, acordo que assinamos mês passado como parte do edital do BNDES Resgatando a História. E ainda nossas iniciativas no Sudeste do Pará, como o “Movimenta Pará”, que promove formação para agentes culturais; o “Arte Em Cores”, que na sua 3ª edição envolveu 75 artistas do Pará e do Maranhão e o “Orquestra vai à Praça”, com itinerância da Carajazz Marabá Orquestra.

O que o Instituto Cultural Vale trará como investimento para o Pará no próximo ano?

Entre muitas ações que estão em fase de planejamento, podemos adiantar que a itinerância de grandes projetos vai continuar se fortalecendo. São projetos como a montagem da exposição interativa “Nhe’e Porã”, que foi sucesso no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, abrindo a Década de Línguas Indígenas da ONU no Brasil e que vai para Paris depois de Belém; e “Fruturos – Tempos Amazônicos”, também com ambientes imersivos e muita interação, que lotou o Museu do Amanhã, no Rio.

Teremos também projetos selecionados pela Chamada Instituto Cultural Vale, que é um edital nacional, com R$ 30 milhões a ser investido em projetos culturais do Brasil e terá os resultados divulgados em dezembro; e os editais voltados a projetos culturais regionais. Nesta segunda-feira, aliás, a Casa de Cultura de Canaã dos Carajás divulga o resultado do Edital Apoia, que celebra a cultura popular local e soma R$ 400 mil em premiação aqui no estado.

Quais os são os passos para obter patrocínio para projetos por meio do Instituto Cultural Vale? 

Importante aproveitar esse espaço para informar que os interessados em obter patrocínio junto ao Instituto Cultural Vale podem fazer tudo de forma online, inscrevendo seus projetos de duas formas. Por meio dos editais públicos, como a Chamada Instituto Cultural Vale, que é realizada todo ano com recurso incentivado, e pela plataforma de patrocínios no site do instituto, via Lei Federal de Incentivo à Cultura e via recurso próprio. As informações, diretrizes e critérios de seleção estão disponíveis no nosso site, assim como alguns exemplos das nossas atuações e projetos que patrocinamos. As informações ficam em institutoculturalvale.org.

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