Gasolina já poderia subir até R$ 0,50 por litro, dizem entidades
Abicom afirma que já há uma defasagem negativa de 10% nos preços praticados no Brasil
De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), o preço praticado no Brasil para a gasolina está inferior ao praticado no Golfo do México, resultando em uma defasagem negativa de 10%. Para o Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie), a defasagem já ultrapassa os 13%, o que poderia levar a um aumento de R$ 0,50 por litro. Na avaliação da Abicom, o aumento deveria ser de R$ 0,35 por litro nas refinarias para atingir a paridade.
O recuo do preço da gasolina é resultado das perspectivas de um consumo menor de petróleo nos Estados Unidos, após a consultoria Baker Hughes divulgar dados da atividade de plataformas de petróleo no país, informou o Cbie. Segundo a Baker Hughes, o nível de atividade das unidades norte-americanas é o mais baixo em cerca de seis meses, apontando para uma possível redução da oferta de óleo no país no curto prazo.
Política de preço será desatrelada em parte do mercado internacional
A Petrobras, que segue a política de paridade de importação (PPI), vai reavaliar a política em maio e os preços não devem mais perseguir a paridade com os preços internacionais, mas continuarão baseados nas cotações praticadas no mercado externo e terão diferenciações regionais. O novo presidente da estatal, Jean Paul Prates, afirmou que, após formar sua equipe, vai alterar a política de preços da empresa.
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A Refinaria de Mataripe, unidade privatizada na Bahia responsável por 14% do mercado de combustíveis no Brasil, controlada pela Acelen, apresenta uma defasagem negativa de 6% para a gasolina e de -4% para o diesel, segundo a Abicom.
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