Feira da Agricultura Familiar tem exposição de alimentos e artesanatos orgânicos na SBPC

Evento realizado na UFPA, em Belém, reúne agricultores de todo o país e tem uma diversidade de produtos

Elisa Vaz
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A agricultura familiar é um dos destaques da 76ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), evento promovido em Belém desde a última segunda-feira (8), na Universidade Federal do Pará. A exposição faz parte da Feira da Economia Solidária e da Diversidade, que reúne expositores de diversas regiões do país no Complexo Vadião, onde há um espaço para divulgação da atividade econômica e dos vários produtos que estão sendo vendidos.

Segundo o professor Flávio Barros, docente do Instituto Amazônico de Agriculturas Familiares (Ineaf) e coordenador da Feira, quando se fala em agricultura familiar é possível ver uma relação maior dos componentes com a natureza, além de os produtos serem mais saudáveis, orgânicos, livres de agrotóxicos e cultivados por famílias e comunidades.

“A agricultura familiar é muito importante porque é ela que verdadeiramente coloca a comida na casa das famílias brasileiras, produzindo alimentos e todo tipo de produtos. É um conceito amplo, que alcança, inclusive, a pesca, a produção de queijo, a produção animal, a de hortaliças, verduras, sementes, o extrativismo que vai produzir os alimentos oriundos das sociobiodiversidades”, afirma.

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No total, estão presentes no evento realizado na UFPA entre 300 e 400 agricultores vindos de vários estados brasileiros, incluindo todas as regiões e grupos, como quilombolas, indígenas, agricultores tradicionais, camponeses e outros trabalhadores. Estão expostos itens como mel, artesanatos, farinha de Bragança, queijo de Minas Gerais e da Ilha do Marajó, café orgânico, polpas e sucos produzidos no Rio Grande do Sul, óleo de coco e mais.

Produtoras comemoram

Entre os empreendedores que atuam com produtos oriundos de empresas familiares ou iniciativas populares está a agricultora Maria do Socorro, do município de Irituia, no Pará. Ela faz parte da Cooperativa de Irituia, grupo que reúne principalmente mulheres, mas também homens, que produzem diversos alimentos, como farinha de mandioca e de tapioca, doce de cupuaçu, bolo de macaxeira com abacaxi, bombons regionais, cachaça de jambu, óleo de coco, andiroba e outros itens.

“Aqui tem produtos feitos, em sua maioria, por mulheres. A farinha foi feita pelos homens, mas a farofa pelas mulheres. Nossos bombons são orgânicos, os biscoitos também. A agricultura, para nós, é um ponto muito bom, que hoje, graças a Deus, estamos trazendo aqui para a cidade, para mostrar nosso trabalho”, conta Maria.

A integrante detalha que são 46 pessoas cooperadas. Os produtos feitos pelo grupo são vendidos em Irituia, mas também em outros municípios. Ainda assim, Maria acredita que a marca ainda seja um pouco desconhecida, por isso celebra a participação no evento, vista como uma oportunidade de divulgar esses alimentos para um novo público.

Já a agricultora Neida Pereira, membro da Associação de Moradores Agroextrativistas e Indígenas do Tapajós (Ampravat), veio para Belém do interior de Santarém, no Pará, com o intuito de expor os artesanatos feitos pelo grupo. O destaque em sua banca eram os enfeites de parede, “sousplats” - itens para mesa - e as biojóias.

Os produtos são feitos a partir de uma palha extraída da palmeira do tucumã e também levam tingimento natural, também tirado da floresta. “Nós trabalhamos o produto utilitário e decorativo, temos mandalas, sousplats, descanso, cesto, bolsa. Trabalhamos também com biojóias, tudo isso nós trouxemos de Santarém para apresentar aqui na feira. Nosso produto é 100% natural porque é uma palha extraída da palmeira do tucumã e o tingimento natural, então nós dependemos muito da nossa floresta”, ressalta.

Consumidora elogia produtos

Inscrita para participar de todos os dias do evento, a pedagoga Aline Martyres, de 47 anos, estava andando pela feira na manhã desta quinta-feira (11) e aproveitou para comprar alguns itens. Ela conta que, ao longo de todos os dias, já comprou cacau puro, molho de pimenta, artesanato e café.

“Já visitei alguns estandes, não deu tempo de visitar tudo porque é um evento grandioso, de muita visibilidade, de muito incentivo à ciência para jovens, para crianças. Os produtos são maravilhosos, de iniciativas populares, armazéns, fazendas, grupos de apoio a pessoas, associações, todos expondo os seus produtos, coisas naturais, coisas boas, feitas com muito cuidado. Está super diversificado”. A Feira da Economia Solidária e da Diversidade funcionará até este sábado, 13 de julho.

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