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Entregadores de aplicativo fazem manifestação em Belém; saiba as reivindicações

Grupo aderiu a uma paralisação nacional, na manhã desta segunda-feira (31) e promete novos protestos nesta terça-feira (01)

Jéssica Nascimento
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Trabalhadores de Belém que atuam como entregadores de comida e outros serviços para aplicativos de entrega aderiram, nesta segunda-feira (31.03), a uma paralisação nacional contra a precarização das condições de trabalho. Eles reivindicam que seja estabelecida uma taxa mínima de entrega, reajuste da taxa do quilômetro rodado, fim das rotas agrupadas (no mesmo estabelecimento, entregar para quatro clientes diferentes para um valor abaixo da taxa que o estabelecimento oferece), e mudanças no raio de serviço da modalidade bike, para que não passe de três quilômetros.

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Segundo relatos que circulam nas redes sociais, a confusão teria começado após um cliente supostamente espancar um entregador e se recusar a pagar pelo pedido

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Um grupo de entregadores se reuniu, por volta das 9h, em frente à loja Havan da Augusto Montenegro, com o objetivo de sair para alguns pontos de coleta. 

image (Wagner Santana / O Liberal)

"As empresas estão cientes desde o início do mês, porque essa greve foi comunicada e estava sendo espalhada pelas redes sociais", declarou Israel Santos, um dos entregadores que estava à frente da mobilização em Belém.

Em nota enviada ao Grupo Liberal, a Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec) afirmou que respeita o direito de manifestação e informa que suas empresas associadas mantêm canais de diálogo contínuo com os entregadores.  A entidade, que representa as empresas 99, Alibaba, Amazon, Buser, iFood, Flixbus, Lalamove, nocnoc, Shein, Uber e Zé Delivery, citou também o último levantamento do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), segundo o qual a renda média de um entregador do setor cresceu 5% acima da inflação entre 2023 e 2024, chegando a R$ 31,33 por hora trabalhada.    

"As empresas associadas da Amobitec apoiam a regulação do trabalho intermediado por plataformas digitais, visando a garantia de proteção social dos trabalhadores e segurança jurídica das atividades. Além disso, atuam dentro de modelos de negócio que buscam equilibrar as demandas dos entregadores, que geram renda com os aplicativos, e a situação econômica dos usuários, que buscam formas acessíveis para utilizar serviços de delivery", diz a Amobitec em nota.  

O sindicato que representa a categoria no Pará não está envolvido na organização do protesto, mas enviou uma nota ao Grupo Liberal manifestando apoio à paralisação. 

Veja a nota do Sindicato

"O Sindicato dos Motoristas por aplicativo do Estado do Pará, manifesta total apoio à Greve Nacional dos Entregadores por Aplicativos, prevista para os dias 31 de março e 1º de abril. A mobilização, que já conta com a adesão de trabalhadores de 20 estados, é um movimento legítimo em defesa de condições justas de trabalho e da regulamentação da categoria. Atualmente, os entregadores enfrentam precarização extrema, lidando diariamente com riscos, jornadas exaustivas e a ausência de direitos básicos, enquanto as empresas de aplicativos continuam lucrando sem oferecer qualquer respaldo àqueles que garantem a execução do serviço.

Dentre as principais reivindicações da greve, destacamos:

Taxa mínima de R$ 10 por entrega

Aumento do valor por quilômetro rodado de R$ 1,50 para R$ 2,50

Limitação do raio de atuação das bicicletas a 3 km

Pagamento integral por pedidos agrupados

O SINDTAPP se soma à luta dos entregadores e reforça a necessidade urgente de regulamentação do setor, garantindo direitos, segurança e dignidade para esses trabalhadores e trabalhadoras essenciais.

Seguiremos firmes na defesa da justiça social e do trabalho decente!

#BrequeDosApps #RegulamentaçãoJá #DireitosParaOsEntregadores #SINDTAPP  #LutaPorJustiça"

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