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Dieese: preço do peixe cai em 21 das 29 espécies pesquisas em feiras de Belém

Segundo o estudo, as maiores quedas ocorreram nos preços do Curimatã, seguido da Piramutaba, Cachorro de Padre, Pescada Gó, Sarda, Xaréu e Traíra

O Liberal
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Pesquisa conjunta realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e Secretaria Municipal de Economia (Secon) aponta que, no mês de agosto, em comparação ao mês de julho, 21 espécies de peixes tiveram queda de preços, do total de 29 pesquisadas nos mercados municipais de Belém. Segundo o estudo, as maiores quedas ocorreram nos preços do Curimatã, com recuo de 11,93%, seguido da Piramutaba (queda de 10,48%); Cachorro de Padre (-10,15%); Pescada Gó (- 8,25%); Sarda (- 7,74%); Xaréu (- 7,45%) e Traíra (- 7,44%). Porém, no mesmo período, oito espécies ficaram mais caras, com destaque para o Peixe Pedra, com alta de 6,92%, seguida do Tambaqui (aumento de 3,74%); Tamuatá (alta de 3%) e Bagre (2,56%).

Dono de um estabelecimento que comercializa pescado, na Feira da 25, Edmilson de Jesus explica que a queda no preço pode ser explicada, principalmente, pelo período de aumento na pesca de espécies como dourada, filhote e pescada amarela. “Conforme a safra, aí ocasiona a queda das outras espécies também”.

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Ele admite, porém, que a Síndrome de Haff, chamada de “doença da urina preta”, que está impactando fortemente nas vendas, também tem influenciado na redução de preços. “O que baixou bastante foi o filhote e a dourada. A expectativa é que tem que melhorar, porque com essa notícia (da doença) caiu quase 100% a nossa venda. A gente espera que isso passe para as vendas voltarem de novo”, completou.

image Edmilson de Jesus confirma a queda no preço do pescado (Igor Mota / O Liberal)

Apesar desse recuo no mês, quando se analisa o acumulado do ano (janeiro a agosto), observa-se aumento no preço da grande maioria dos pescados (26 dos 29 analisados). Grande parte deles teve alta em percentuais acima da inflação calculada em torno de 5,94% (INPC/IBGE) para o mesmo período. De acordo com o levantamento enviado pelo Dieese, os maiores reajustes de preços foram verificados no Tucunaré, com alta acumulada de 36,88%, seguido da Piramutaba (alta de 30,82%), Dourada (22,25%), Uritinga (21,91%), Cachorro de Padre (18,23%), Tamuatá (17,98%), Cação (17,41%), Tainha (16,14%) e Filhote (16,06%). Nesse mesmo período, as únicas quedas de preços foram da Arraia (-7,61%), Pacu (-6,41%) e Pescada Branca (-0,08%).

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Já nos últimos 12 meses (agosto de 2021 na comparação com agosto de 2020), apenas duas espécies (Arraia, -6,18%, e Curimatã, -3,81%) tiveram queda de preços. O restante ficou mais caro, sendo que grande parte deles teve alta em percentuais acima da inflação calculada em torno de 10,42% para o mesmo período. De acordo com o levantamento enviado pelo Dieese, os maiores reajustes de preços foram verificados no Tucunaré, com alta acumulada de 39,45%, Tainha (29,94%); Piramutaba (29,78%), Surubim (29,65%), Tambaqui (28,29%), e Cação (27,05%).

Veja o preço médio do pescado na capital paraense (agosto)

Aracu: R$ 11,06

Arraia: R$ 9,71

Bagre: R$ 10,03

Cação: R$ 14,23

C. Padre: R$ 9,21

Corvina: R$ 14,79

Curimatã: R$ 10,85

Dourada: R$ 21,81

Filhote: R$ 27,39

Gurijuba: R$ 18,75

Mapará: R$ 11,34

Pacu: R$ 8,91

Peixe pedra: R$ 13,75

Pescada amarela: R$ 24,04

Pescada branca: R$ 12,71

Pescada gó: R$ 12,34

Piramutaba: R$ 14,60

Pratiqueira: R$ 14,56

Sarda: R$ 12,28

Serra: R$ 13,31

Surubim: R$ 18,54

Tainha: R$ 16,84

Tambaqui: R$ 17,05

Tamuatã: R$ 12,01

Traíra: R$ 9,46

Tucunaré: R$ 23,01

Uritinga: R$ 11,13

Xaréu: R$ 10,81

Pirapema: R$ 8,78

 

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