Demanda por bombons regionais cresce na Páscoa
Expectativa é de aumento na venda de trufas com recheios típicos
O clima de Páscoa já toma conta de muitas lojas e supermercados de Belém, que são abastecidas sobretudo por produtos de grandes marcas nacionais. Mas os doces regionais também tem espaço nesse setor e chamam a atenção dos consumidores pela grande oferta de trufas recheadas com sabores de frutas típicas da Amazônia. Nesse mercado tão característico, a oferta de produtos é continua durante todo ano e envolve desde grandes empresas até doceiros artesanais.
LEIA MAIS:
No bairro de Batista Campos, uma marca de bombons regionais produz, em média, 20 mil doces por mês, porém a expectativa é aumentar em 20% essa quantidade visando a maior procura no período da Páscoa, chegando assim a cerca de 24 mil unidades, incluindo ovos e kits de presente. “A gente espera um aumento no volume de vendas bem acentuado porque as pessoas não vão mais estar dentro de casa, vão sair para comprar, já não vão estar com aquele receio de se reunir em família para trocar ovo de Páscoa, então a gente espera um aumento no volume de vendas de 100%”, comenta João Batista, gerente da rede que possui lojas em outros dois pontos da cidade.
João conta ainda os mais de 30 anos de atuação da empresa no segmento ajudaram a popularizar os bombons com recheios de frutas regionais, principalmente entre turistas e paraenses que vivem em outros estados. “O perfil do nosso cliente é bem misturado. Tem o paraense que viaja para fora, tem o paraense que mora fora e o turista que está aqui a passeio. Na época do ano, no Círio, por exemplo, a gente tem muito fluxo de turista, então aumenta muito esse tipo de cliente. A gente manda para fora do estado para o cliente final, que pede para consumo próprio ou para presentear alguém. Nossos principais destinos atualmente são os estados do Nordeste, principalmente a cidade de Fortaleza, além de São Paulo, Rio de Janeiro e agora a gente tem um cliente que revende nossos produtos em Santa Catarina”, afirma.
Produção artesanal abastece barracas no Mercado do Ver-o-Peso
No Mercado do Ver-o-Peso, a variedade de frutas, hortifrúti, peixes e artesanato costuma atrair muitos consumidores à feira, que também conta com oferta de bombons de chocolate com os recheios mais diversos. No local, as trufas são uma opção barata de lembrança para a época.
A variedade de sabores disponíveis chama a atenção de muitos clientes. Maracujá, taperebá, uxi, muruci, tucumã, café, pimenta, açaí com tapioca e outros são apenas algumas opções de recheio encontradas na feira. Ainda assim, de acordo com o vendedor Júnior Trindade, a preferência é pelos recheios mais tradicionais, que podem ser encontrados em qualquer período, enquanto a fabricação de doces com recheios menos comuns depende da safra das frutas e da disponibilidade de polpas.
“A gente trabalha com os sabores mais procurados que são cupuaçu, bacuri e castanha e a saída é bastante significativa, às vezes sai mais do que peças de artesanato”, comenta Júnior que cuida das vendas na barraca da família localizada no Solar da Beira.
“A fabricação é caseira, a gente compra todos os materiais e a minha tia faz. Por semana, vendemos cerca de 200 bombons aqui, sendo que o nosso principal público são turistas, que a gente recebe bastante, mas também tem clientes daqui do Pará”, comenta Júnior, que diz que espera aumento das vendas no período festivo.
No setor de polpas de frutas da feira, diversas barracas também dispõem de bombons com sabores típicos a venda por valores que variam de R$ 2 a R$ 3. “O pessoal de fora geralmente gosta de provar os nossos bombons, eles gostam de ver como é o sabor. Os principais clientes são aqueles que buscam para revender, mas tem também turistas”, conta Carlos Floriano, vendedor de uma das barracas do Ver-o-Peso.
Carlos diz que a produção vendida também é artesanal e chega a cerca de 2 mil bombons por semana. “Os mais procurados são os [bombons] regionais de castanha, bacuri e cupuaçu”, reforça o vendedor que tem expectativas positivas para o incremento das vendas nesse período. “Deve aumentar bastante. Os períodos que a gente mais vende são a Páscoa e o Natal”, pontua.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA