Defesa da diretoria destituída da Unimed Belém entra com pedido para ter acesso à ata da reunião
Solicitação será analisada e, no caso de irregularidades ou nulidades, diligências judiciais serão tomadas por advogados
A defesa da Diretoria Executiva da Unimed Belém, destituída em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) no último domingo (22), entrou com uma solicitação para ter acesso à ata da reunião e realizar uma avaliação. A medida seria importante para analisar o teor da decisão, se houve irregularidade ou nulidade para que, então, as diligências judiciais sejam realizadas. Em nota, o grupo hospitalar informou que o encontro aconteceu por determinação liminar judicial e contou com a votação de 292 médicos cooperados.
À reportagem do Grupo Liberal, Hannah Bibas Maradei, advogada que representa os diretores destituídos, informou que um prazo de 48h foi dado para que o documento da AGE fosse repassado. “A gente conseguiu dar entrada na Unimed para que eles forneçam a ata da assembleia para avaliar e vamos aguardar. Demos um prazo de 48h. É razoável diante de toda a repercussão que isso causou na vida pessoal de cada diretor”, disse.
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A AGE de destituição foi conduzida pelo Conselho Fiscal, presidida por Paulo Roberto Cartágenes e secretariada por Eduardo Cordeiro. No comunicado, a Unimed afirma que 231 médicos votaram a favor da deposição dos diretores e 61 elegeram a Chapa 01 para diretoria provisória, que irá atuar em período de transição de até 90 dias, até que ocorram novas eleições. “Reiteramos o nosso compromisso com nossos beneficiários, colaboradores e cooperados em continuar atuando alinhados à nossa missão, que é levar saúde com qualidade e segurança à sociedade”.
Problemas financeiros estão entre motivos que levou à destituição da diretoria
O Conselho Fiscal alegou à reportagem ainda no domingo (22), que a então Diretoria Executiva da entidade, formada por Antônio Travessa, Sandra Leite, Alberto Anijar, Robson Tadashi e Elaine Figueiredo, não estava conseguindo resolver os problemas financeiros da instituição, acumulados há meses. Além disso, também haveria outras irregularidades na conduta da diretoria, como demora na entrega de novos imóveis, altos valores pagos e até nomeação indevida de uma colaboradora.
Em novo contato realizado nesta segunda-feira (23), o médico Augusto Borborema, representante do Conselho Fiscal, afirmou que o assunto é “interno da Unimed, tratado dentro da assembleia e deve ficar dentro da assembleia”.
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