Conexões de energia solar geraram R$ 1 bilhão em investimentos no Pará até janeiro deste ano
Primeiro mês de 2022 registrou um aumento de cerca de 32% nas conexões de energia solar em comparação a novembro do ano passado
Dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) revelam que as conexões operacionais de energia solar no Pará aumentaram cerca de 32%, se comparados os números do mês de novembro de 2021 até janeiro deste ano, saindo de 14.469, passando por 14.859 e atingindo 19.068 conexões neste mês corrente. O aumento isolado do mês 12 para este primeiro mês do ano de 2022 foi de 28,3%. De R$ 819 milhões em investimentos até dezembro, o Estado saltou para R$ 1 bilhão, com a geração de 6,5 mil empregos e a arrecadação de mais de R$ 314 milhões aos cofres públicos.
Atualmente, são 24.124 consumidores de energia elétrica que já contam com redução na conta de luz, maior autonomia e confiabilidade elétrica. O Estado ocupa a 13ª posição entre federações brasileiras com maior potência instalada de energia solar para geração própria – 216,9 megawatts (MW) em operação nas residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos. As conexões em telhados e pequenos terrenos já estão espalhadas por 137 cidades, ou 95,1% dos 144 municípios da região.
Expansão nacional
Outro dado relevante divulgado pela Absolar é que o território paraense responde sozinho por 2,6% de todo o parque brasileiro de energia solar distribuída – saiu de 2% em novembro para 2,3% em dezembro, e continua em crescimento. “A tecnologia fotovoltaica representa um enorme potencial de desenvolvimento sustentável, econômico e social para os paraenses, com geração de emprego e renda, atração de investimentos privados e colaboração no combate às mudanças climáticas”, comenta Daniel de Oliveira Sobrinho, coordenador estadual da Absolar no Pará.
Já o presidente executivo da entidade, Rodrigo Sauaia, afirma que a energia solar ajuda a população e empresas a se proteger dos fortes aumentos nas contas de luz e contribui para a sustentabilidade do País. “Graças à versatilidade e agilidade da tecnologia solar, basta um dia de instalação para transformar uma residência ou empresa em uma pequena usina geradora de eletricidade limpa, renovável e acessível”, explica.
Marco Legal
O empresário Félix Negrão Júnior, de 42 anos, atua há 15 neste mercado. Ele conta que vem observando a maior demanda pelo serviço, e atribui esse aumento também à aprovação do Marco Legal da Energia Solar, o Projeto de Lei n° 5.829/2019, sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro no último dia 7 de janeiro.
“As pessoas começaram a procurar mais com certeza, até porque conta do Marco Legal. Foi divulgada a Lei da Energia Solar e quem se conectar ainda esse ano de 2022 fica pela legislação anterior. Traz segurança jurídica para tomarem essa decisão”, afirmou Félix. Sobre a procura, ele relata uma pequena retração em janeiro deste ano. “Janeiro dá uma segurada natural, mas em dezembro, toda semana estava fazendo conexão. Agora depois do dia 15 a procura já voltou a aumentar”, concluiu.
O engenheiro eletricista Paulo Cunha, de 31 anos, está há quatro anos nesse mercado e revela um crescimento de 60% pela procura nos últimos três meses. “Por conta desse aumento abusivo da conta de energia. E da feita que o sistema está instalado e homologado e entra em operação, a redução é de 95% na conta de energia. Imagina uma conta de R$ 1 mil que reduz para R$ 50. E o retorno do investimento feito em energia solar é de três a quatro anos”, detaalha.
Dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) revelam que as conexões operacionais de energia solar no Pará aumentaram cerca de 32%, se comparados os números do mês de novembro de 2021 até janeiro deste ano, saindo de 14.469, passando por 14.859 e atingindo 19.068 conexões neste mês corrente. O aumento isolado do mês 12 para este primeiro mês do ano de 2022 foi de 28,3%. De R$ 819 milhões em investimentos até dezembro, o Estado saltou para R$ 1 bilhão, com a geração de 6,5 mil empregos e a arrecadação de mais de R$ 314 milhões aos cofres públicos.
De acordo com o governo federal, a geração Distribuída é a energia elétrica gerada junto às instalações de consumidores, como os painéis fotovoltaicos em telhados que geram energia a partir da luz solar. Esse tipo de geração tem evoluído consideravelmente nos últimos anos. O crescimento foi de 316% nos últimos dois anos, chegando a 8.550 MW ao final de 2021. Isso representa cerca de 5% de toda a capacidade instalada atual de geração de energia elétrica do país.
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