Comércio paraense teve crescimento de 0,8% em setembro
Com resultado positivo, setor está otimista para desempenho positivo até o final do ano
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira, 9, os dados da Pesquisa Mensal de Comércio, que mostra que o comércio varejista do estado avançou 0,8%. Com isso, o setor se recupera do recuo que teve no mês de agosto, quando sofreu retração de 0,1%. No balanço dos últimos 12 meses, setembro aparece como quinto mês com melhor resultado para o comércio varejista paraense, alcançando o mesmo índice de outubro de 2021.
No comparativo com os demais estados brasileiros, o Pará teve desempenho melhor que grandes centros, como São Paulo (0,1%), Bahia (0,3%) e Paraná (-1,2%), ficando em 11º lugar volume de vendas nacionalmente e em quarto na região. No Norte, Amapá, Rondônia e Acre tiveram crescimentos maiores, com índices de alta de 2%, 1,6% e 1,4%, respectivamente. Já o Brasil teve alta de 1,1% frente a agosto.
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Segundo o IBGE, as altas foram puxadas pelos resultados de cinco atividades: combustíveis e lubrificantes (34,8%); livros, jornais, revistas e papelaria (31,8%); equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (6,8%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (5,9%); e hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,8%).
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista e dos Lojistas de Belém (Sindilojas), Eduardo Yamamoto, a pesquisa é condizente com o movimento observado pelos estabelecimentos, que tiveram um aumento significativo de vendas, especialmente no segundo semestre. “Os paraenses têm apresentado mais confiança na hora de comprar e isso se dá, entre outros motivos, pelos incentivos governamentais e pela chegada de épocas propícias para as compras, iniciando com o Dia das Crianças e que deve perdurar até o Natal. Os setores de confecção, acessórios de moda, linha branca em geral se sobressaíram”, destaca.
Ainda na avaliação de Eduardo Yamamoto, a recuperação do setor e o aumento das vendas deve prosseguir nos próximos meses, com destaque para aqueles negócios relacionados diretamente aos principais eventos do final do ano. “No Comércio, a Copa deve afetar mais diretamente mercado de eletroeletrônicos, vestuário, acessórios, supermercados e lojas de material esportivo. No caso do segmento de Serviços, estabelecimentos como bares, restaurantes, bem como serviços prestados às famílias e transportes lideram as áreas potencialmente impactadas. Ainda tem a Black Friday, que coincide com o período da Copa, que deve impulsionar as vendas de diversos segmentos, desde itens básicos como roupas até eletroeletrônicos”, analisa o presidente do Sindilojas.
“Esse conjunto de eventos contribuirão para ampliação da demanda, com influências positivas sobre a necessidade de contratação. E com os recursos injetados na economia, como liberação as parcelas do 13º terceiro que já está acontecendo e as que ainda ocorrerão, assim como a ajuda do próprio auxílio emergencial, muitos desses recursos, embora parte devem ir para quitar dívidas, mas boa parte também vai para o consumo e isto movimenta os ramos de atividades do comércio e serviços”, acrescenta Lúcia Cristina Lisboa, assessora econômica da Federação do Comércio, de Bens e Serviços do Estado do Pará (Fecomércio-PA).
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