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Com fim do programa Desenrola Brasil, veja 8 dicas de como negociar suas dívidas

Economista e consultor financeiro, Nélio Bordalo Filho explica os tipos de débitos prioritários para fazer acordo

Elisa Vaz
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O endividamento é um problema que afeta boa parte dos consumidores, que, em muitos casos, precisam procurar formas de quitar tudo que está atrasado por meio de acordos. Mesmo após o fim do programa Desenrola Brasil, que oferecia condições especiais para se livrar das dívidas, ainda existem outras formas de negociar os débitos e voltar para o verde, segundo o economista e consultor financeiro Nélio Bordalo Filho, membro do Conselho Regional de Economia do Pará e Amapá (Corecon-PA/AP).

Ele diz que a primeira etapa para fazer uma negociação após o fim do programa é buscar as próprias credoras e tentar um acordo direto, preferencialmente com intermediários confiáveis, como bancos e financeiras. Portais de negociação de dívidas, como o Serasa Limpa Nome e o Acordo Certo, também são opções seguras, de acordo com ele.

“É importante verificar as condições propostas, evitando ofertas que pareçam muito boas, pois podem esconder armadilhas, como juros abusivos. Além disso, é crucial entender os termos do acordo, como taxas de juros, prazos e eventuais descontos. A negociação deve ser a mais adequada para quem deve, portanto, antes de assinar o acordo, é importante analisar as condições definidas”, aponta.

Como negociar dívidas

O primeiro passo que o consumidor deve tomar, ao se encontrar endividado, é fazer um grande raio-x do seu orçamento, verificando todas as contas atrasadas e o valor de cada uma delas, bem como os juros que estão incidindo. Afinal, um diagnóstico detalhado ajuda a entender a real situação financeira e a priorizar as dívidas mais urgentes, principalmente as que possuem taxas de juros mais elevadas ou que possam implicar em restrição no crédito. Com esse panorama, é possível evitar novos endividamentos e planejar melhor os pagamentos, dentro das condições reais do devedor.

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O ideal, na opinião do economista, é priorizar as dívidas que têm maior impacto no cotidiano e nas finanças. “Dívidas relacionadas a bens essenciais, como a hipoteca de uma casa ou o financiamento de um carro, devem ser tratadas com urgência, pois a falta de pagamento pode resultar na perda desses bens. Além disso, dívidas com altas taxas de juros, como as de cartões de crédito e cheque especial, também devem ser priorizadas, pois elas crescem rapidamente e podem se tornar incontroláveis se não forem geridas corretamente”, afirma.

Outras dívidas, como serviços de fornecimento de água e energia, também devem ter atenção especial do consumidor, em função de suas necessidades diárias. Ao decidir por onde começar a negociação, Nélio Bordalo diz que é importante considerar o efeito das dívidas sobre a pontuação de crédito e a saúde financeira geral. Priorizar as dívidas mais urgentes ou caras pode ajudar a liberar recursos e a reduzir o estresse financeiro, permitindo um planejamento mais sustentável e equilibrado das finanças.

Educação financeira

Um ponto muito importante ao buscar uma negociação de dívidas é que a pessoa tenha alguma noção de educação financeira. De acordo com o consultor, ela é crucial para evitar recaídas no endividamento. “A educação financeira ajuda a entender como priorizar gastos, poupar e investir de forma inteligente. Ao negociar dívidas, é fundamental que o consumidor tenha uma visão clara do seu orçamento, sabendo exatamente quanto pode comprometer sem prejudicar suas necessidades básicas”, ensina.

A renegociação de dívidas, segundo Nélio, deve ser feita de forma a assegurar que as novas parcelas caibam no orçamento, levando em conta a realidade financeira do consumidor e evitando, assim, a frustração e novos problemas no futuro.

Confira dicas para negociar e não voltar para o vermelho

  1. Orçamento organizado: Mantenha um orçamento atualizado e realista, acompanhando todas as despesas e receitas
  2. Raio-x: Identifique a origem das dívidas, como gastos supérfluos ou falta de planejamento, e trabalhe para corrigir esses comportamentos
  3. Consciência: Evite contrair novas dívidas até que as atuais estejam sob controle
  4. Poupe: Crie uma reserva de emergência para lidar com imprevistos sem recorrer a crédito
  5. Mais dinheiro: Considere a possibilidade de buscar uma nova fonte de renda, seja através de trabalhos extras, freelance ou pequenos negócios, para ajudar a equilibrar o orçamento e cumprir os compromissos financeiros
  6. Gaste com sabedoria: Priorize o pagamento das dívidas mais caras e urgentes, e sempre negocie baseando-se na sua capacidade de pagamento realista.
  7. Tenha cautela: Evite acordos que ofereçam parcelas muito baixas por longos períodos, pois podem incluir juros elevados que comprometem sua saúde financeira a longo prazo
  8. Estude: Invista em educação financeira contínua. Participe de cursos, leia sobre o assunto e, se possível, consulte um especialista.
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