Com expectativa de queda nos juros, começa nesta terça nova reunião do Copom
Se a queda ocorrer, será o primeiro corte desde agosto de 2020, quando os juros foram reduzidos de 2,25% para 2% ao ano
A quinta reunião do ano do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) começa nesta terça-feira (1º), em Brasília, com o objetivo de definir a taxa básica de juros, a Selic, atualmente fixada em 13,75% ao ano.
Há a expectativa de que esse percentual fique menor, que já houve queda na inflação nos últimos meses. Se isso ocorrer, será o primeiro corte desde agosto de 2020, quando os juros foram reduzidos de 2,25% para 2% ao ano.
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse, na última sexta-feira (28), que o caminho está "pavimentado" para a queda da Selic. Desde o início do ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem criticado os juros altos. Em junho, ele afirmou que o percentual atrapalha investimentos e que não existe nenhuma justificativa para que a Selic esteja nesse patamar.
A taxa básica parou de subir em agosto do ano passado, mas está no nível mais alto desde o início de 2017 e os efeitos de um aperto monetário são sentidos na desaceleração da economia.
O boletim Focus estima que a taxa básica deverá cair 0,25 ponto percentual, para 13,5% ao ano. A expectativa do mercado financeiro é que a Selic encerre 2023 em 12% ao ano. Nesta quarta-feira (2), ao fim do dia, o Copom anunciará a decisão.
Taxa Selic
A básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia.
Ela também é o principal instrumento do Banco Central para manter a inflação sob controle. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.
Ao reduzir a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.
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