Ceias de fim de ano devem pesar no bolso dos paraenses em 2021, aponta Dieese

Alta significativa do dólar neste ano deixou produtos natalinos bem mais caros que no ano passado

O Liberal
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Faltando poucos dias para as festas de final de ano, a procura por gêneros alimentícios, principalmente pelas tradicionais frutas de época natalina e de outros produtos, deve aumentar. No entanto, de acordo com pesquisa divulgada nesta quarta-feira (22), pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômico (Dieese/PA), a maioria dos produtos teve os preços elevados, em grande parte, com reajustes acumulados cima da inflação dos últimos 12 meses, estimada em torno de 11%. Frutas secas chegaram a ter alta de mais de 50%.

O levantamento realizado pela entidade, no período de 13 a 17 desse mês, aponta que, com a alta significativa do dólar este ano, a maioria dos alimentos que compõem a ceia nesse período, principalmente, os importados, em especial as frutas de época, ficou bem mais cara que no mesmo período do ano passado.  

Frutas

Na grande Belém, o quilo da ameixa seca disparou 56,39%, em relação ao mesmo perído do ano passado, seguido pelo aumento das frutas cristalizadas, com 56,15%, e do pêssego nacional, com alta de 42,89%. Já a maçã verde teve reajuste de 35,66%, seguida da castanha portuguesa, com alta de 32,66%, e da nectarina, com aumento de 30,2%.

Outras frutas comercializadas nesta época do ano também aparecem nas prateleiras com preços elevados, como é o caso da  castanha-do-pará, com aumento de 28,97%; melão amarelo, com alta de 20,9% o quilo; a pera d’anjour, com aumento de 18,87%; maça argentina, com alta de 5,28%; e do damasco seco turco (La Violetera), com pote de 170g reajustado de 3,38%.

Bacalhau

Ainda de acordo com pesquisas do Dieese/PA, o tradicional bacalhau também está bem mais caro neste ano, se comparado ao mesmo período do ano passado. O quilo do bacalhau do porto, por exemplo, que na terceira semana de dezembro de 2020, custava em média R$ 103,43, este ano está sendo comercializado, em média, nos supermercados da capital a R$ 130,67 com os preços variando entre R$ 129,00 a R$ 134,00 e com um reajuste acumulado de 26,34%.

Azeite

Outro item muito utilizado no preparo das comidas neste período é o azeite. O levantamento do Dieese/ Pa aponta que a garrafa do azeite de oliva da marca Galo de 500 ml está sendo vendido, em média, a R$ 24,63 nos supermercados da capital. No mesmo período do ano passado, esse mesmo produto foi comercializado, em média, a R$ 20,59 com um reajuste acumulado no período de 19,62%.

Peru

O levantamento revela ainda que o peru ficou bem mais caro neste ano, se comparado ao ano passado. O quilo do produto da marca Sadia, por exemplo, está sendo comercializado, em média, nos supermercados da capital, a R$ 22,86. No mesmo período de 2020, estava sendo vendido, em média, a R$ 20,61, o que significa um reajuste acumulado de 10,92%. Já o quilo do chester da marca Perdigão está sendo vendido, em média, a R$ 21,61, com um reajuste de 16,94% em relação aos preços praticados no mesmo período do ano passado.

Pernil

No caso do pernil da marca Sadia com osso, pode ser encontrado nos supermercados de Belém, em média, a R$ 29,76 o quilo. No mesmo período do ano passado, o produto era comercializado, em média, a R$ 26,70 o quilo, com reajuste acumulado de 11,46%.

Frango

O Frango, tanto o congelado, como o resfriado, passou a ser uma das opções para a tradicional ceia de Natal, principalmente em função do preço mais baixo que produtos como peru, chester, bacalhau e pernil. No entanto, se comparado ao mesmo período do ano passado, o valor do produto, segundo o Dieese/Pa, também ficou bem mais caro em 2021.

O quilo do frango resfriado da marca Americano está sendo comercializado, em média, a R$ 12,20. Já no mesmo período de 2020, o mesmo produto estava sendo vendido, em média, a R$ 10,02 com um reajuste acumulado de 21,76%.

Panettone

No caso especifico dos panettones, produto também muito consumido nesta época do ano, estão sendo comercializados para todos os gostos e com vários preços. Em relação ao mesmo período do ano passado, também estão mais caros e podem ser encontrados em supermercados, padarias e lojas.

De acordo com a entidade, de uma maneira geral, todos os supermercados já estão trabalhando com estoque máximo e com isso, é possível que ainda aconteçam várias promoções nesses dias que antecedem o Natal. O Dieese/Pa recomenda que os consumidores sempre pesquisem antes de comprar, pois a diferença de preços de um mesmo produto entre os vários locais, pode ultrapassa os 30%.

 

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