Carnaval multiplica as vendas de ambulantes em Belém: ‘Vale por dois meses de trabalho’

Mesmo com a concorrência e da alta nos custos, ambulantes aproveitam a folia para faturar o dobro em Belém.

Gabi Gutierrez e Gabriel da Mota
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O Carnaval não movimenta apenas blocos e foliões, mas também a economia informal. Para muitos vendedores ambulantes de Belém, os dias de festa representam a chance de aumentar a renda e equilibrar as finanças. Apesar da concorrência acirrada, trabalhadores aproveitam a folia para vender e garantir um faturamento que pode equivaler a meses de trabalho em períodos não festivos.

Com mais de três décadas atuando no Carnaval, Mauro Seabra, de 42 anos, percorre diversos pontos da cidade, como a Pedreira, o Mangueirão e o Ver-o-Rio nesta época do ano, vendendo bebidas variadas. Segundo ele, os preços permanecem os mesmos do ano passado, mas o custo dos insumos aumentou. “O preço das compras subiu, mas a gente tenta manter para vender”, explica. Mesmo com os aumentos, ele explica que a demanda tem sido satisfatória. “Tá bom, dá para arrumar um dinheiro extra”, afirma.

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Lindomar Dias, que trabalha vendendo churrasquinhos, também vê o Carnaval como uma oportunidade essencial para reforçar o caixa. “O que a gente ganha no Carnaval equivale a dois meses de trabalho normal”, destaca. Ele vende cada unidade por R$ 5 e circula por diferentes eventos na cidade, como shows e jogos de futebol ao longo do ano. “A concorrência é grande, mas vamos indo”, diz, comparando o movimento ao do ano passado. Ele também relata aumento no custo dos insumos, e revela que conseguiu manter os preços, garantindo boas vendas nos dias de folia.

image Lindomar Dias, vendedor de churrasquinho (Cristino Martins / O Liberal)

Já Pedro Akila, de 26 anos, está tendo sua primeira experiência vendendo salada de frutas no Carnaval da capital paraense. Após morar sete anos em Salvador (BA), onde o comércio ambulante durante a festa é intenso, ele decidiu testar o potencial do evento na capital paraense. “Eu morava em Salvador, e lá é muito mais agitado, mas estou vendo que aqui também vai ser lucrativo”, avalia.

image Pedro Akila, vendedor de salada de frutas (Cristino Martins / O Liberal)

Normalmente, Pedro vende entre 25 e 30 unidades por dia, mas, para o Carnaval, aumentou sua produção para 50 saladas diárias. O preço de cada porção subiu para R$ 8 devido ao aumento dos custos, mas, segundo ele, os clientes entenderam o reajuste. “Graças a Deus, ninguém reclamou. As pessoas sabem que tudo ficou mais caro”, explica. Inicialmente, ele planejava começar a vender apenas no dia seguinte, mas, após perceber um movimento fraco nas embarcações do Jurunas, onde costuma trabalhar, decidiu se antecipar. “O Carnaval aumenta bastante as vendas, e eu quero aproveitar ao máximo”, diz.

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