Ambulantes já comercializam itens juninos no comércio de Belém

Segundo os vendedores, procura de clientes ainda é baixa. Movimento deve se intensificar a partir do dia 20 de maio.

Gabriel da Mota e Amanda Engelke
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Faltando menos de três semanas para o mês de junho, roupas e acessórios para as festas juninas começam a tomar conta dos estabelecimentos no Centro Comercial de Belém. Lojistas ouvidos pela reportagem afirmam que ainda é cedo para registrar movimento intenso, porém, no mesmo período do ano passado, havia maior circulação de pessoas em busca dos artigos juninos. Este ano, a expectativa é de que as vendas melhorem a partir do dia 20 de maio. 

A ambulante Raimunda Cardoso, 72, trabalha há 40 anos com venda de roupas na Travessa 7 de Setembro. “O movimento ainda não começou, a procura tá muito pequena. A gente espera que melhore a partir do dia 20 [de maio] em diante, que é quando começa o ‘frevo’ mesmo de São João, né?”, explica a vendedora. Apesar da baixa procura na manhã desta segunda-feira (13/05), a barraca de Raimunda já estava cheia de vestidos e acessórios, como bandeirinhas de pano, agrupadas em pequenos kits para customização de roupas. 

image Raimunda Cardoso, 72, trabalha há 40 anos com venda de roupas na Travessa 7 de Setembro (Foto: Thiago Gomes | O Liberal)

O preço médio das roupas juninas varia entre R$ 25 e R$ 100, dependendo do tamanho. “A gente não pode aumentar [os preços], senão, o povo não compra”, explicou Raimunda, referindo-se a praticar os mesmos preços do ano passado. A ambulante informou que começou a montar os estoques de roupas ainda em abril. “Eu sempre coloco as mercadorias pra vender depois do Dia das Mães. Amanhã, vou colocar as camisas masculinas”, disse a empreendedora, que fica em contato com uma costureira, responsável pela confecção de novas peças, à medida que a reposição se faz necessária. 

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Cláudio Silva, 55, é ambulante há 10 anos na Rua Treze de Maio. Desde o último dia 02, ele tem vendido itens juninos, principalmente para revenda, em grande quantidade. O pacote individual da essência de patchouli custa R$ 3, mas fica a R$ 2,50 quando comprado no atacado. “Tem gente que compra até mil [patchoulis]”, informa.

image Cláudio Silva, 55, ambulante há 10 anos na Rua Treze de Maio (Foto: Thiago Gomes | O Liberal)

Assim como Raimunda, o vendedor disse que não reajustou o preço dos produtos. “Esse ano, aumentou tudo, mas a gente continua vendendo nos mesmos preços. Ano passado, eu comprava um pacote de 100 rosinhas por R$ 6. Esse ano, tá R$ 19”, compara. Além de acessórios, como travessas e cachos para misses, ele também vende bandeirinhas (20 unidades) já pregadas em uma corda de 10 metros de comprimento, no valor de R$ 7.

Armarinhos abastecem o estoque

Benedita Alves, vendedora de um dos armarinhos da Treze de Maio, diz que, apesar da pouca procura, a loja está com o estoque preparado para a quadra junina. “Nessa época, nós sempre abastecemos o estoque, sobretudo com nossos itens de aviamento e tecidos, que saem bastante para todo tipo de público, quadrilha e misses, pais que compram para festas de escola dos filhos, o público em geral mesmo”, informa a vendedora.

Outro, na rua 15 de Novembro, também já está abastecido com itens típicos do período, como chapéus de palha, tecidos quadriculados e floridos, fitas de cetim, entre outros. “Já existe uma procura, mas é mais de quem vai dançar ou já tem algum evento marcado, ou das próprias costureiras. As pessoas costumam deixar pra cima da hora mesmo. Estamos na expectativa de que essa procura aumente no final de maio”, diz o gerente, Moisés Pinto.

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