Alta no preço da alimentação puxa inflação em Belém

No acumulado do ano, a capital paraense seguiu a tendência de alta do país. Das 16 capitais analisadas no levantamento do IBGE, 15 apresentaram alta no índice

O Liberal

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de Belém apresentou um aumento de 0,76% em dezembro, conforme dados recentemente divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em comparação, o índice nacional registrou um acréscimo de 0,56% no mesmo período.

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Grupo de alimentação e bebidas se destacou com a maior variação (1,11%) e o maior impacto (0,23 ponto percentual) no índice geral

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Maior variação foi do grupo de alimentação e bebidas, seguido por transportes e por educação.

Destaca-se que o grupo de Alimentação e Bebidas foi o mais impactante, com uma variação de 1,11%, contribuindo com 0,23 ponto percentual para o índice geral. Esses resultados revelam uma significativa aceleração em relação ao mês anterior, quando o IPCA havia aumentado 0,28%, e representam um acréscimo em comparação a dezembro de 2022, que registrou alta de 0,62%.

No acumulado do ano, a capital paraense seguiu a tendência de alta do país. Das 16 capitais analisadas no levantamento do IBGE, 15 apresentaram alta no índice. Houve redução apenas na cidade de Aracaju (SE), que apresentou redução de 0,29%. As maiores altas foram em Rio Branco (0,90%), Salvador (0,84%), Fortaleza (0,83%), Belo Horizonte (0,80%), Brasília (0,78%) e Belém.

O aumento foi sentido no bolso do consumidor paraense. Para Sidiley Rocha, que costuma fazer compras semanalmente, o arroz e as frutas são os produtos que mais consomem sua despesa com supermercado. “Tudo subiu, fica difícil até de dizer quais produtos mais subiram. Mas assim, de imediato, posso dizer que o arroz, frutas e verduras como a batata subiram significativamente em pouco espaço de tempo”, diz o consumidor paraense.

José Orleans também corrobora com a opinião de Sidiley. O consumidor afirma que, além de precisar substituir alguns alimentos, precisou reduzir a quantidade de comida consumida. “Se eu pego três batatas, dá mais de cinco reais, o arroz, que poderia substituir, também aumentou, o jeito foi reduzir a quantidade de comida que levamos, apertar um pouquinho, com a esperança de que as coisas se ajustem”, opina.

O objetivo do índice, de acordo com o IBGE, é medir a inflação de um conjunto de produtos e serviços comercializados no varejo, referentes ao consumo pessoal das famílias, cujo rendimento varia entre 1 e 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte de rendimentos. “Esta faixa de renda foi criada com o objetivo de garantir uma cobertura de 90% das famílias pertencentes às áreas urbanas de cobertura do Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor (SNIPC)”, conforme aponta o IBGE.

O índice, em termos gerais, é um termômetro que mede o aumento dos preços em itens como comida, transporte e moradia. Quando o IPCA sobe, os preços também sobem. A alta do índice afeta o poder de compra, uma vez que o mesmo valor em dinheiro compra menos coisas. Além disso, em caso de dinheiro guardado, a inflação pode fazer com que o dinheiro guardado não seja mais suficiente por causa do aumento dos preços. Outro prejuízo é em relação aos investimentos que se não acompanham a inflação, o dinheiro investido poderá valer menos no futuro.

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