Alta dos alimentos puxa inflação de maio para 0,46%

Dados foram divulgados nesta terça, 11 de junho de 2024, pelo IBGE

O Liberal
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Em maio, a inflação registrada no Brasil foi de 0,46% — maior do que o número de abril, 0,38% –, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (11/06). O aumento foi impulsionado principalmente pelos preços dos alimentos e bebidas, que subiram 0,62% no comparativo mensal, com destaque para tubérculos, raízes e legumes, que tiveram alta de 6,33%.

A batata-inglesa foi o item com maior impacto individual no índice geral, registrando um aumento expressivo de 20,61%. Segundo André Almeida, gerente da pesquisa do IBGE, a alta do legume está relacionada à transição das safras e às fortes chuvas que afetaram a produção no Rio Grande do Sul.

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Alimentos devem subir de preço, principalmente, carnes, arroz e ave

Outros alimentos que pesaram no bolso dos consumidores foram a cebola (7,94%), o leite longa vida (5,36%) e o café moído (3,42%). Almeida explicou que a entressafra e a queda nas importações reduziram a oferta de leite, enquanto os preços internacionais do café influenciaram sua alta.

Apesar dessas altas, houve uma desaceleração nos preços da alimentação no domicílio, que subiram 0,66% em maio, frente aos 0,81% de abril. A queda nos preços das frutas, especialmente bananas (-2,73%), contribuiu para essa desaceleração.

A alimentação fora do domicílio, no entanto, apresentou uma alta de 0,50%, superior aos 0,39% de abril, impulsionada pelo aumento nos preços dos lanches (de 0,44% para 0,78%).

Outros grupos inflacionados

Além dos alimentos, o grupo habitação também teve forte impacto na inflação de maio, com uma alta de 0,67%. Esse aumento deve-se principalmente ao reajuste nas tarifas de energia elétrica residencial (0,94%), aplicado em diversas capitais, e aos aumentos na taxa de água e esgoto (1,62%) e no gás encanado (0,30%).

O grupo saúde e cuidados pessoais teve a maior variação entre os nove grupos pesquisados, com uma alta de 0,69%, influenciada pelo aumento nos preços dos planos de saúde (0,77%) e itens de higiene pessoal (1,04%), como perfumes (2,59%) e produtos para a pele (2,26%), impulsionados pelo Dia das Mães.

Nos transportes, a passagem aérea teve a primeira alta do ano (5,91%), após deflação de 12,09% em abril, e foi o quarto item com maior impacto na inflação. Os combustíveis também subiram (0,45%), com aumentos no etanol (0,53%), diesel (0,51%) e gasolina (0,45%). O preço das tarifas de metrô (1,21%) e táxi (0,55%) também contribuíram para a alta.

No acumulado do ano, a inflação está em 2,27%, e nos últimos 12 meses, em 3,93%.

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