Com desastre no RS, governo projeta inflação de 3,7% em 2024

Alimentos devem subir de preço, principalmente, carnes, arroz e ave

O Liberal
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O Ministério da Fazenda informou que os impactos negativos causados pelas chuvas no Rio Grande do Sul, aumentaram a projeção de inflação em 2024 para 3,7%. Em março, esperava-se que fosse de 3,5%, conforme previsto pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).

Os dados foram divulgados, nesta quinta-feira (16.5) no Boletim Macrofiscal, elaborado pela Secretaria de Política Econômica da Fazenda a cada 2 meses.

Conform o governo, a calamidade no Estado influencia a inflação especialmente por causa dos preços dos alimentos. Menciona-se que podem aumentar de custo, especialmente, carnes, arroz e aves.

“Os preços desses alimentos devem subir de maneira mais pronunciada nos próximos dois meses, mas parcela relevante desse aumento deve ser devolvida nos meses seguintes”, diz o boletim.

Os índices de inflação são usados para medir a variação dos preços. Ou seja, quanto vale o dinheiro de forma real. Em resumo, um produto que custava R$ 100 passa a custar R$ 110 se a inflação ampla variou de 10% para cima.

De acordo com o site Poder 360, o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, disse que o impacto no preço das comidas se dá porque haverá dificuldade de transportar o que foi produzido no Rio Grande do Sul para o resto do país.

Ele destacou que a maior preocupação são com os produtos in natura, ou seja, aqueles que tendem a estragar mais rápido.  “Problemas regionais podem causar uma grande oscilação no preço nesse tipo de produto, mas logo mais vem a outra safra e isso já se altera novamente. Volta a ter um bom volume de produção”, declarou a jornalistas ao comentar os dados do Boletim Macrofiscal.

Mello também falou sobre uma vontade do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de fazer um sistema que possa ajudar a evitar impactos econômicos causados por mudanças climáticas. Segundo ele, a ideia é trazer mais “previsibilidade” a esse tipo de evento.

“Vamos constituir esse mecanismo de inteligência para permitir que nós nos antecipemos a eventuais problemas advindos principalmente dessas crises climáticas –que, para quem não acreditava, a realidade está aí para provar que existe”, disse. 

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